Capítulo 32

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O domingo só não foi melhor porque tínhamos que nos separar. Como última tentativa de passar mais tempo com Penelope, fiquei de levá-la junto de Henry para o dormitório da universidade. A vontade é trancafiá-la em minha casa e deixá-la sair nunca mais, porém, tenho consciência de que ela deve estudar e eu, trabalhar. E me sinto muito mais confortável após ela ter dito que não me verei livre dela logo agora, depois de tanto tempo separados e enfim juntos.

- Amor, você está me ouvindo?

Não. Estava perdido em meus pensamentos e na massagem que ela me fazia, sentada em minhas costas.

- Desculpe minha princesinha linda! Pode repetir?

- Ava me mandou mensagem dizendo que Clark pediu para você levar as coisas dele quando formos buscá-lo.

Assenti com um "uhum". A verdade é que seus toques estavam me distraindo. Desde que fizemos amor pela primeira vez, já fizemos mais duas vezes, praticamente em meio ao café da manhã – fizemos uma breve interrupção e voltamos a comer, e antes de almoçarmos, enquanto esperávamos a entrega da comida. Fizemos a refeição, vimos televisão e voltamos para o quarto com a promessa de que ela me massagearia. E nossa, que mãos de fada!

Ficamos nos curtindo um pouco mais até o horário em que fiquei de passar no apartamento dos meus sogros. Minha irmã estava chorosa por ter que se despedir do namorado. Porém, Henry havia dito que seus pais estão loucos para conhecê-la e rever nosso pai e sua mãe. Ficaram de se falar todos os dias e de agendar o quanto antes essa reunião familiar para oficializar o namoro. Isabella não estava mais animada que minha maninha, mesmo que estivesse indo para sua casa, no mesmo bairro em que Nick mora. Bella e Ava ficaram de dividir o mesmo carro de aplicativo e Nicholas aproveitava que o motorista ainda não havia chegado para cobrir a namorada de carinhos.

- Eu sinto muito, mas temos que ir. – Não queria ser portador da má notícia, porém, precisávamos cair na estrada.

Os outros dois casais se beijaram e partimos para Westchester. O trajeto foi tranquilo, ouvimos músicas e conversamos bastante. Ao chegarmos ao campus, Penny e Clark me levaram para um rápido tour, e meu cunhado se encaminhou para o seu dormitório.

- Omar, foi um prazer te conhecer! – Demos um forte abraço. – Sempre ouvi sobre você através da Pe e hoje percebo que ela não exagerou. É um cara legal! E sei que começamos com o pé esquerdo, que pensava que eu era uma ameaça... Porém, respiro aliviado por nascer uma amizade dessa viagem.

- Você não é apenas um amigo, Clark. Como tia Hazel disse, bem-vindo à família!

- Valeu! E – abraçou Penelope – cuida bem dessa mocinha aqui! É como se fosse uma irmã para mim, logo, se vacilar com ela, quebro sua cara da mesma forma que quebraria a minha se eu fosse louco de machucar Ava!

Sorri e envolvi minha namorada pelos ombros, trazendo-a para mim e beijando sua cabeça.

- Combinado, não magoamos nossas garotas e saímos ilesos!

Ele acenou e seguiu seu rumo, enquanto seguimos o nosso. Entramos no alojamento que Penny dividia com outra universitária, ausente naquele instante. O quarto era muito bem dividido, cada lado imprimia a personalidade de suas moradoras. Pe me contava que sua colega era estudante de biologia e passava alguns finais de semana com os pais, ao mesmo tempo em que guardava as coisas que havia trazido de casa. A exemplo do que fez quando esteve na minha residência, passei a reparar nos seus pertences, à medida que tirava minha jaqueta jeans e a pendurava em meus braços cruzados. Chamou-me a atenção um mural com quadro de horários de aulas, lembretes sobre alguns trabalhos acadêmicos e fotos dela com meu sogro e seu irmão, na companhia de Ava e Isabella e... Uma minha?

Hora de aceitarOnde histórias criam vida. Descubra agora