Capítulo 43

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Um dia cheio de trabalho e vazio de Penny

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Um dia cheio de trabalho e vazio de Penny. Essa era a sexta-feira que me aguardava quando me levantei da cama. Precisei levar o carro para uma revisão, e como o automóvel só seria me entregue na manhã seguinte, seria inviável buscá-la no dormitório da faculdade. Até pensei noutra alternativa como pegar o veículo do meu pai emprestado, porém, além dele precisar do carro para ir a um evento profissional com os pais de Penelope e tio Devon, isso renderia explicações sobre para quê o empréstimo e o plano de passar a noite com minha namorada chegaria aos ouvidos do meu ciumento sogro.

Confesso que me sinto incomodado por ter que omitir isso de tio Brian, mas não vejo cenário onde não haja uma proibição por parte dele de ficar junto de Pe com mais privacidade.

Foi duro ouvir sua voz manhosa, lamentando por termos que esperar mais algumas horas para nos vermos, contudo, prometemos um ao outro nos distrair com nossas tarefas para o tempo passar mais rápido.

Saí de casa às pressas para não me atrasar no transporte público. Já no estúdio, passei na minha sala, respondi alguns e-mails e segui para o local de gravação das últimas faixas do nosso atual projeto. Toda a equipe se empenhou bastante no desenvolvimento desse álbum e estava orgulhoso do resultado. CJ, a cantora, fez performances espetaculares, arrancando elogios de Fox, que passou o dia conosco, acompanhando tudo de perto.

Fizemos uma parada para o almoço e, mais uma vez a convite do meu chefe, fiz uma refeição com ele em seu escritório. Durante esse período, me informou que Alex, o ex-funcionário que teria mentido para Warwick sobre meu papel em seu desligamento do estágio, não morava mais no mesmo local informado em sua ficha no RH, porém, que estava buscando o contato de seus familiares para saber seu paradeiro. Disse que os resultados dos exames toxicológicos de Calvin não haviam saído, mas que até o final do dia esperava por respostas.

Retornamos aos trabalhos e, como Samuel precisou se ausentar para dar alguns telefonemas, Tanisha acabou se aproximando de mim. Pelo menos teve a postura de se controlar diante de nosso patrão, pensei. Quando fizemos uma pausa com os backing vocals, a garota tentava me tocar a qualquer custo. Percebendo que a repelia de todas as formas possíveis, se aquietou em uma cadeira do lado oposto da sala, fazendo caras e bocas, tentando inutilmente me provocar, sibilando frases como "depois conversamos" e "você está lindo hoje!".

Náuseas.

Quando dei por mim, o expediente finalmente havia acabado. Canções devidamente prontas para a edição final e o corte de músicas. CJ, extremamente emocionada, nos agradeceu pelo empenho. Fox, que a esta altura estava presente novamente, mencionou o orgulho que sentia de todos nós. Mais uma vez parte da equipe começou a combinar um happy hour e, como há dias atrás, fiquei na minha. Se naquela oportunidade, não tinha intenção de ir com minha namorada, nesta eu não tinha porque ir sozinho.

Retornei para minha sala a fim de pegar minhas coisas e desligar o computador que hibernava.

- Se quiser, podemos fazer o nosso happy hour, gato! – Tanisha ronronou, adentrando sorrateiramente.

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