Pensei que acordar antes para velar o sono de quem amamos estava reservado aos livros e filmes. Mero engano. Quando os primeiros raios de Sol invadiram o quarto através das frestas da cortina despertei, mas permaneci deitado. Passei a observar Penelope, que, com uma respiração profunda e tranquila, descansava. Apesar de ter dormido pouco, dormi bem, com o calor do seu corpo junto ao meu. A sensação era de ter passado anos em meio à escuridão até ela me aceitar. Penny é minha luz.
Fitei o relógio digital sobre o criado-mudo do lado oposto ao meu e me dei conta de que faltavam poucos minutos para as 7h. Decidi levantar com cuidado, sem fazer barulho e segui sentido cozinha. Fiz um rápido inventário na geladeira para ver o que eu poderia preparar para o café da manhã. Liguei para a confeitaria mais próxima e pedi a entrega de mais alguns itens que sei que Pe gosta. Aprontei uma bandeja de madeira com tudo que estava à disposição. Sorri ao usar o utensílio lembrando que foi mamãe que me deu. Disse que não serviria de nada, e ela quis me convencer de que no futuro eu ainda agradeceria pelo presente.
Obrigado, mãe!
O entregador interfonou e retirei a encomenda de suas mãos e finalizei o pequeno banquete com os muffins de mirtilo e os donuts. Voltei ao quarto, abrindo a porta que estrategicamente deixei apenas encostada e depositei a bandeja sobre o colchão.
- Princesinha, vamos acordar? – A chamei, afastando seu cabelo e sussurrando em seu ouvido. – Preparei algo para nós...
Penelope relutou para abrir os olhos e me diverti com sua imagem preguiçosa.
Porém, quando mirou o café com ovos, bacons, torrada, suco, leite e, os produtos comprados, abriu um enorme sorriso, como se não estivesse sonolenta segundos antes.
- Uau, deu até fome agora! Disse sentando, cobrindo o corpo nu com a coberta.
De joelhos, dei-lhe um selinho e sentei ao seu lado, dividindo com ela os alimentos. Preocupei-me em perguntar se ela estava se sentindo bem quanto a nossa primeira vez, se estava com dor. Penny me tranquilizou, afirmando que sentia um leve desconforto, mas nada grave. Fiquei aliviado, pois mesmo tendo objetivo de ser zeloso, sabia que seria doloroso para ela e, a julgar pela sua primeira reação, realmente doeu. E por me preocupar tanto que me controlei para não me deixar levar pelos meus instintos. Cada partícula de mim queria ser mais firme, fazer mais forte e quase fui à loucura quando olhei para baixo e vi seu sexo me devorando por inteiro. Por este motivo agradeci mentalmente a ela por me permitir aumentar a velocidade dos movimentos que fazia.
Meu celular apitou.
- Mensagem de papai, confirmando que sairão de Coney Island no final da tarde, devem chegar aqui apenas à noite.- Tomei um gole da laranjada e devolvi o aparelho para o móvel ao lado da cama.
- Mamãe também me enviou uma, só que antes de eu dormir. – Abocanhou o muffim.
- Você contou para ela... – Dei uma garfada no ovo mexido – sabe, o que aconteceu?
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Hora de aceitar
RomanceCriados como primos, sempre foram alvos de brincadeiras de Keenan, pai do rapaz, sobre um possível relacionamento, tudo para tirar o melhor amigo Brian, pai de Penny do sério. O que eles não imaginavam é que as gozações tinham um fundo de verdade: O...