Capítulo 37

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Justin's POV

Existem coisas que a gente só acredita vendo

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Existem coisas que a gente só acredita vendo. Algumas delas, mesmo quando vemos, não acreditamos. Acredito que ver Penelope com o namorado se encaixe nas duas categorias. Não é que seja impossível ela estar em um relacionamento, porém, tinha esperanças de que toda essa história de namoro fosse uma mera desculpa para me afastar. E, até para mim, soa estranho ter nada a ver com ego, mas sim com meu coração.

Conheci Penny no ensino médio. Uma das garotas mais lindas que já havia visto e não era só bonita, era simpática e inteligente. Não foi difícil me encantar por Scott. Quando sorriu tímida para mim, na arquibancada da escola durante um treino do time de futebol, decidi que tinha que beijar aquela boca e, quem sabe se aceitasse, torná-la a minha namorada. A primeira por sinal, afinal, nunca fui fã de relações sérias. A verdade é que participar do time do colégio, com status de titular, considerado por muitos como a estrela do grupo, tinha suas vantagens e uma delas eram garotas que não se importariam em apenas ficar comigo, sem cobranças.

Certo dia, perguntei à Pamela sobre aquela que eu julgava ser sua amiga. Morris figurava nas rodinhas dos populares e era bem conhecida entre a galera do futebol. Nada contra, pois no fim das contas, se eu enquanto homem podia beijar ou dormir com quem eu quisesse, por que ela não? Queria informações que me ajudassem a me aproximar de Pe e cai na besteira de achar que Pam me ajudaria. Ela me alertou para Penelope supostamente não ser tão boazinha quanto aparentava e para seu pai, um verdadeiro carrasco com todos que se aproximavam da menina. A primeira parte não fazia sentido, Penny não parecia ser falsa, pelo contrário, era espontânea e corava de forma genuína a cada vez que eu me convidava a sentar ao seu lado no refeitório. Entretanto, a segunda parte se confirmou pelos lábios da própria garota quando lanchávamos juntos no intervalo das aulas. Ela não tinha autorização para sair com pretendentes e tinha receio ir às escondidas comigo em um encontro, com a desculpa de que estaria com algumas amigas.

Isso realmente a fazia diferente e me maravilhava a medida que também me irritava. Sim, eu era novo, cheio de hormônios descontrolados e uma babaquice sem tamanho. E, ao mesmo tempo quem que não conseguia sequer beijar Penelope, lá estava Pamela acessível e disposta a me dar o que eu queria. Começamos com ficadas e logo estava fazendo visitas ao seu quarto em uma luxuosa casa, em um requintado bairro de Nova Iorque. Eu me sentia um lixo durante meus lanches com Penny, ela merecia mais de mim, porém, era egoísta demais para desistir da garota. Mais culpado e envolvido por Pe que nunca, na última vez em que transei com Morris, fechei os olhos e vi Scott no lugar de Pam. Era ela quem eu queria na cama comigo, sendo minha, só minha, assim como deveria ser só dela. Levantei-me na mesma hora e, ao me vestir, terminei aquilo que tínhamos. Minha ficante ficou furiosa e jurou que eu me arrependeria do que estava fazendo.

Após ter ficado com Pam por volta de 15 dias, cessei nossas escapadas duas semanas antes do aniversário de Penny. Não podia estar mais feliz com o convite para sua festa. Estava decidido a conversar com o Senhor Scott, pedir permissão para namorar sua filha e determinado a conquistar sua confiança. Penelope estava linda, parecia um anjo. Dançamos juntos, disse em seu ouvido que queria ser seu namorado e aquela parecia ser nossa noite, porém, não era. Meu celular tocou, era um número privado que me chamava. Por conta do barulho, optei por pedir licença e fui atender a ligação no pátio do salão de festas. Para a minha surpresa – a segunda, porque a primeira foi vê-la na comemoração – Pamela estava do lado de fora também e me agarrou, sem que eu tivesse tempo para reação. Quando ouvi a voz de Pe clamar pelo meu nome, tive a certeza de que Morris havia cumprido com o prometido: Estava imensamente arrependido de ter cedido ao seu charme.

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