Criados como primos, sempre foram alvos de brincadeiras de Keenan, pai do rapaz, sobre um possível relacionamento, tudo para tirar o melhor amigo Brian, pai de Penny do sério. O que eles não imaginavam é que as gozações tinham um fundo de verdade: O...
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- Eu não posso dizer.
Quando Fox surgiu na sala endossando meu questionamento sobre o que Calvin tinha contra mim, imaginei várias respostas possíveis. Menos esta.
- Por quê? Indaguei.
- Você também sabe... – O rapaz, mais baixo que meu chefe, se esticou para olhar por cima do ombro de Samuel. Provavelmente buscando algum sinal de Dona Elsa.
As coisas faziam cada vez menos sentido para mim.
- Warwick, olha para mim. – Meu patrão o advertiu e foi atendido. – Não quer falar sobre isso perto dela? Tudo bem, mas queremos te ajudar e para isso, precisa se abrir conosco.
- Por qual motivo faria isso, senhor? – Seu tom transbordava desconfiança.
- É o certo a fazer.
Calvin olhou para mim e decidi responder sua pergunta silenciosa.
- Eu tenho razão nenhuma para mentir, cara. Antes de Coney Isalnd, eu não sabia quem era você. Não interprete minha fala como arrogância, mas eu não o conhecia. Depois de um tempo que descobri que estagiou no estúdio. – Tentei me aproximar e, ao contrário da última vez, não fui empurrado, porém, na defensiva, ele deu um passo para trás. – Com as poucas informações que tive, acredito que o que sente e pensa sobre mim não passam de um male entendido e que você está enrascado e que sozinho, você pode não conseguir sair dessa enrascada. Se não quiser me escutar, ouça ao menos o Fox.
Soltando uma forte lufada de ar, demonstrando derrota diante de nossas investidas, mirou seu ex-mentor de estágio.
- Não pode ser aqui. – O maxilar do jovem estava enrijecido.
- Ok, vamos dar uma volta. Mais tarde, te trazemos. – Samuel jogou a chave do carro para o alto e a pegou no ar.
Warwick assentiu.
- Mamãe! Preciso sair, não devo demorar!
A simpática senhora retornou da cozinha, secando as mãos em um pano de prato quadriculado, ostentando um sorriso sincero.
- Tá bom, meu filho! Cal, - seu semblante fechou – você estava desde cedo na rua procurando emprego. Usou o trocado que eu te dei para se alimentar? Você não pode ficar sem comer, menino!
