Capítulo 39

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Deixei Penelope na casa de tio Brian e tia Ellen no meio da tarde de sábado, depois que passamos a noite de sexta matando a saudade

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Deixei Penelope na casa de tio Brian e tia Ellen no meio da tarde de sábado, depois que passamos a noite de sexta matando a saudade. Mamãe me ligou pela manhã, enquanto preparava o café para Penny e me fez jurar que almoçaríamos com ela, tio Malik e Lauren. Ao final na ligação, com os alimentos na bandeja, me direcionei ao quarto e levei um susto: Pe estava com o sono agitado, se debatia na cama e chamava por mim. Com cuidado, depositei nosso lanche na cômoda, sentei-me ao seu lado e tentei despertá-la com cautela.

Ela arregalou os olhos marejados e tocou meu rosto e meu tórax descoberto, como se procurasse por algo. Em seguida, me puxou para um abraço desesperado. Com muito esforço, consegui que minha namorada admitisse que havia tido um pesadelo, mas não quis falar do que se tratava. Poderia ter pressionado, entretanto, preferi que ela me contasse por iniciativa própria quando estivesse pronta.

Penelope aceitou que passássemos na casa da minha família antes de deixá-la em seus pais e minha garota precisou passar pelo crivo de minha irmã caçula, que a encheu de perguntas sobre suas reais intenções comigo, inclusive informando que sua professora de teatro estava interessada em mim, caso não me tratasse como mereço ser tratado. Não sei de onde Lauren tira essas coisas, está longe de parecer ser uma criança!

Vimos um filme à noite junto com os outros dois casais, meus sogros e Nick com Bellinha. Meu cunhado ainda não está 100% com tio Aidan, porém, me confidenciou que as coisas estão melhorando. O pai de Bella concordara em permitir que ela passasse a noite na casa de Nicholas, desde que dormisse com Pe, mas sei que os dois darão um jeito de burlar essa norma durante a madrugada. Despedi-me de Penelope quando os falsos pigarros de tio Brian me alertaram para o quanto já estava tarde. Foi difícil partir, sabendo que dormiria sem ela e o que me restava era me apegar ao fato de que nos encontraríamos no domingo para irmos à casa dos pais de Henry.

O almoço, por sinal, foi ótimo. Até melhor que o esperando, tendo em vista o humor de papai quando fui buscá-lo com tia Hazel e minha irmã. Por último, pegamos Penny em casa e seu pai não deixou de encarnar no meu sobre finalmente o castigo dele ter chegado após anos zombando dele por minha causa. A família de Henry é muito receptiva, Senhor e Senhora Clark parecem ser pessoas boníssimas e relembraram histórias de quando eu era criança. Após a refeição, meu cunhado me chamou ao seu quarto, no segundo andar e me mostrou o que tinha preparado para renovar seu pedido de namoro para minha Ava: uma espécie de serenata. Com um ukelele, planejava tocar e cantar "A whole new world", canção do filme "Aladdin". Aproveitei a oportunidade para pedi-lo, mais uma vez também, que cuidasse da minha maninha. Ela é uma menina forte, que está se tornando uma mulher tão forte quanto, mas nem por isso não me preocuparia com a integridade de seu coração.

Mal posso acreditar que papai finalmente aceitou o namoro dos dois e não poderia estar mais feliz pela minha irmã. Sei que quando conheci Henry tinha a ideia de que ele estaria interessado em Pe, e isso fazia com que eu o visse como rival, porém, com a viagem à Coney Island, pude perceber que tudo não passava de um mal entendido. E se foi difícil crer que nosso pai abençoou o relacionamento de Ava e o filho do Senhor Ed, imaginem minha surpresa quando ele permitiu que eu a trouxesse comigo para deixá-lo na faculdade. Não sei se ele se deu conta de que o casal poderia ficar sozinho em algum momento, mas não seria eu a alertá-lo e acabar com o barato da minha maninha.

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