Capítulo 44

139 19 32
                                    

- OMAR! Graças a Deus você está bem, meu filho!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- OMAR! Graças a Deus você está bem, meu filho!

Papai nos surpreendeu com um alívio genuíno, enquanto faltava pouco para tio Brian rosnar para mim. Pelo canto dos olhos, vi uma Penny descabelada e espantada. Os lábios já não tinham mais batom, porém estavam corados pelos beijos que trocamos.

Meu pai veio ao meu encontro e me abraçou como se não nos víssemos há anos. Meu sogro continuou parado nos observando à distância. Tirou os óculos para coçar os olhos e tornou a colocá-los. Os dois vestiam ternos e tinham os nós das gravatas desatados, dando a entender que tinham saído do evento que participavam representando a empresa em que trabalham.

- Aconteceu alguma coisa, tio Kee? – Penelope perguntando estranhando a visita repentina dos nossos sogros.

- Pelo visto não, foi alarme falso...

- Do que está falando, pai?

Quando papai ia responder, outra voz ressoou.

- É melhor entrarmos, não acham? – O pai de Pe disse sério.

Tirei a chave do bolso da calça e adentramos no apartamento. Minha namorada, em modo automático, seguiu para meu quarto com sua bolsa e isso não passou despercebido por tio Brian, que cruzou os braços e soltou um ruído de insatisfação.

Convidei os dois homens a se sentarem e os ofereci uma bebida, porém ambos negaram a oferta.

- Filho, por que não atendeu seu telefone?

- Tive um dia cheio no estúdio, ele descarregou e só percebi quando saímos de lá.

- Saímos? Então minha filha estava com você desde Manhattan?

Olhei para a porta do meu dormitório e encontrei Penny boquiaberta.

- Scott, dá um tempo! Tem coisas muito mais importantes acontecendo nesse momento. Depois discutimos isso. – Papai ordenou ao cunhado e virou-se para mim na sequência. – Omar, estávamos em um coquetel e recebi uma mensagem. Essa mensagem.

Sacou o celular do bolso interno do paletó, desbloqueou a tela e me mostrou o texto.

"De nada adiantou avisar ao filho, quem sabe avisando ao pai resolva. Mande-o ficar na dele, pois quando for tarde demais, só restarão lágrimas e arrependimento."

Gelei. Quem me coagiu anteriormente alcançou minha família. O número era desconhecido, assim como a mensagem enviada para mim.

- Seu celular estava desligado. Ligamos também para a empresa e, por algum motivo, ninguém na recepção atendeu meu telefonema. Ligamos para a Penny...

- E agora sabemos o motivo. – Senti o tom de reprovação usado por tio Brian e Pe me mostrou o visor do seu aparelho. 20 chamadas não atendidas.

- Estava no silencioso, papai... – Ela tentou justificar, sendo cortada imediatamente.

- Certamente não queria ser interrompida. – Ele foi ríspido e percebi os olhos de Penelope marejarem.

Hora de aceitarOnde histórias criam vida. Descubra agora