Nem todo ômega quis nascer ômega { Katsudeku ABO } (REVISÃO)

sorriso apagado.

Já no hospital Bakugou ainda estáva desacordado, Midoriya estáva com uma mistura de raiva, preocupação e culpa, talvez se ele tivesse ido com ele ou ter ido sozinho talvez isso não teria acontecido.

O alfa estáva inquieto, ele não sábia o estado atual de Bakugou, isso o  deixava mais inquieto ainda. Ele já teria invadido aquela sala se não fosse por Todoroki que estáva ali tentando acalmar seu amigo.

__ Midoriya Izuku? __ O médico aparece e o esverdeado se levanta rapidamente. __ Você que trouxe Bakugou Katsuki?

__ Sim! __ Responde rápido. __ Como ele está?

__ Estável mas ainda desacordado e muito machucado. Esse foi um dos piores casos de abuso que eu já vi. __ O medo diz olhando alguns papéis.

__ Eu posso velo?

__ Não sei se é uma boa idéia. Nós retiramos a coleira dele, então o cheiro dele está totalmente descontrolado, e você por ser um lupis pode se descontrolar e... __ O médico o encara.

__ Olha desculpa a intromissão. __ Todoroki entra na conversa. __ Midoriya é o alfa mais controlado que eu já vi, ele já aguentou eu no cio e me levou para casa, sem tentar fazer algo comigo.

Mesmo relutante o médico deixa o alfa entrar, com máscaras para amenizar o cheiro de Bakugou.

Ao entrar seus olhos se enchem de lágrimas ao ver seu amado cheio de tubos e cabos, aquilo o quebrou de uma forma inexplicável. Ele só queria o abraçar e voltar no passado para evitar que isso acontecesse, mas todos sabemos que é impossível tal atô, infelizmente.

__ Eu... Não sei se você está... me ouvindo... __ Midoriya toca na mão de Bakugou. __ Mas... Eu estou aqui e sempre estarei ok... Eu juro que vou achar quem fez isso e eles vão pagar... __ Se apróxima da testa do ômega desacordado. __ Acorda logo... Te amo.

__ Dek... __ Os olhos vermelhos se abrem lentamente e o mínimo.

__ K-kacchan.... __ Finamente ele deixa as lágrimas caírem com um sorriso de alívio, o medo de Bakugou não acordar era real em Midoriya. __ Oh meu Deus você... Tá acordado... Eu não... Não... __ Abraça com calma o loiro. O esverdeado tinha dificuldade de falar pelo choro.

Alguns minutos depois o médico tira o alfa do quarto, ele saí e fica do lado de fora sendo acalmado por Todoroki. Mesmo muitos achando, até mesmo no hospital, que o ômega era apaixonado pelo alfa, claro, um alfa tão atraente e raro como Midoriya quem não gostaria dele? Mas Todoroki só o via como amigo, por isso ele sempre estava com ele e o ajudava, então não tem nada haver com amor e sim amizade, alguém que o alfa pode chorar e se apoiar sem medo.

__ Vai ficar tudo bem. __ Todoroki dizia segurando a mão de Midoriya, que não parava de chorar. __ Os médicos vão cuidar dele, daqui a pouco você pode ver ele ok. __ Mesmo com seu rosto inexpressivo sua voz era calma e compreensiva.

Todoroki nunca tinha passado por algo assim, por conta da voz de original ele consegue controlar a situação, mas ele já foi assediado várias vezes, isso já o irritava e o assustava um pouco. Ele simplesmente não conseguia imaginar o que Bakugou estáva sentindo, mas tinha uma pequena idéia.

__ Mas se eu tivesse ido com ele... Ou ele tivesse ficado em casa... __ Midoriya se culpava pelo fato.

__ Não teria como você prever isso. __ O ômega pega o rosto do alfa abatido. __ Para de pensar nisso, agora você tem que dar apoio para ele é achar esss nojentos para fazer eles pagar.

__ Não tem como deixar isso para polícia?

__ Até que sim, mas... A pena deles é no máximo 1 ano, isso se eles não usarem a desculpa de " o cheiro dele estáva muito forte " ou " foram meus extintos " até mesmo " ele estáva com uma roupa provocativa ". Existem muitas brechas...

__ Mas tem algo que eu posso fazer... __ Midoriya se incomoda um pouco.

__ Oque? __ Encara o esverdeado um pouco confuso.

__ Eu não queria mas... Eu po-

__ Sr. Midoriya, já pode vê-lo. __ Uma enfermeira corta a fala de Midoriya.

__ O-obrigado. __ Se levanta rápido e vai até o quarto encontrando Bakugou sentado encarando o lado de fora da janela. __ Kacchan... V-você está bem?

__ Eu fui abusado oque você acha? __ Olha com ódio para Midoriya, vendo o mesmo com uma máscara médica. __ Ah claro, você tem que usar uma máscara porque você também pode me atacar não é? Todos alfas são iguais, eles não podem ver a porra de um ômega que já querem o devorar e jogar fora, os tocar sem ter permissão. Eu sou a merda de um ômega fodido que tem que usar uma coleira como um animal para não ser abusado, mas adivinha, NÃO ADIANTOU ESSE MERDA! MESMO ASSIM...

Enquanto Bakugou gritava consigo, Midoriya fecha a porta e anda calmamente até a cama do loiro e se senta na berada e retirá sua máscara.

__ Está tudo bem... Já pode chorar, ninguém vai ver. __ Diz de forma meiga dando um sorriso.

Midoriya sabe que Bakugou tem problemas para expressar suas emoções especialmente tristeza, muitas vezes a trocando por raiva. O alfa sentia que ele estáva assustado com isso tudo, e essa máscara não estáva passando muita confiança, "Como assim o alfa que se diz meu namorado não consegue sentir meu cheiro sem querer me tocar?" O esverdeado imaginava o que o loiro estaria pensando, então, mesmo aquele cheiro mexendo muito com ele, que havia retirado a máscara, ele teria que aguentar tudo aquilo pelo seu ômega.

__ SEU... Seu... __ Os olhos de Bakugou se enchem de lágrimas grossas cheias de dor que logo descem pelo seu rosto. __ Eu tive tanto medo... E nojo de mim... Só você pode me tocar... E-eu... Ainda t-tenho medo...

__ Eu sei... Eu sei... __ Puxa o ômega com delicadeza para o mesmo encostar a cabeça em seu peito.

Os médicos abrem a porta e se assustam ao ver Midoriya sem a máscara e Bakugou em lágrimas, rapidamente o esverdeado faz um sinal para eles saírem, e eles os deixam.

Bakugou precisava extravasar sua sua dor, algo que ele só fazia com Midoriya, pelo menos na maioria das vezes. O simples ato do alfa retirar a máscara e continuar sendo ele mesmo, sem o atacar, e ele continuar ali com ele ainda o amando, mexe com Bakugou, faz ele se sentir seguro, feliz, amado...

O sorriso de Bakugou está apagado e não tem um tempo estimado para reaparecer, nem mesmo se ele brilhará como antes.

Contínua...