— e então, o que estão achando da comida? – ouço minha mãe perguntar e sorrio.
— está divina – Tae fala e logo em seguida enfia um bolinho dentro de sua boca. Que gracinha.
— ela sabe disso, ela só quer ouvir elogios – digo e ouço Guinho rir. Olho pra minha mãe e a vi fazer um bico.
— você era do mesmo jeitinho, meu fofo – diz e aperta minha bochecha. Suspiro e lembro da época em que eu amava receber elogios, era um tempo legal... Que saudade.
— não é mais? – ouço Jungkook perguntar e os cantos dos meus lábios descem imediatamente e fito a comida que ainda restava no meu prato. Por mais que eu ame todas essas lembranças, é ruim demais quando tudo vem a tona novamente – perdão, não queria ser indelicado.
— você não foi, é só que isso é um assunto que é muito difícil de falar sobre – sinto a mão do Guinho pousar sob minha coxa e também sinto um carinho. Sorrio.
— é exatamente isso, obrigado Guinho – digo e sorrio pra ele e sorrio também para Jungkook, tentando dizer que estava tudo bem. Volto a comer.
Depois de alguns minutos de silêncio, uma conversa foi iniciada e todos começaram a rir, o que foi contagiante. Algumas vezes eu sentia o olhar de Jungkook pesar sob mim e eu o olhava de volta e sentia que ele estava preocupado com alguma coisa, então eu só lhe dava um sorriso e assentia de leve. Está tudo bem, Jungkook.
Todos haviam comido e minha mãe nos chamou para ir até a sala e conversarmos, o que foi um pouco constrangedor por motivos de que ela revelou todas as minhas vigarices na minha vergonhosa adolescência. Passei a maior parte do meu tempo tampando minha cara e rindo de tudo eu minha mãe falava, e chegou uma hora que ela começou a perguntar algumas coisas ao Jungkook, como em que ele trabalhava e qual a idade dele e apesar de ficar um pouco tímido, ele logo conseguiu se soltar e já quase viraram melhores amigos, mas infelizmente chegou a hora de irmos embora.
— aigoo, omma, nos vemos outro dia – digo e lhe dou um abraço – vê se me visita também, tá muito mal acostumada – falo brincando e a vejo me encarar incrédula e me dá um tapa no meu braço.
— mais respeito comigo, rapazinho – diz, também brincando – enfim, eu vou pra lá em breve e te levarei uma surpresa.
— aish, não me deixa curioso – digo e me empolgo.
— fofo – aperta minha bochecha – até mais, filhote, e os traga mais vezes – me diz e eu assinto, quando eu ia saindo, lembro que deixei meu celular na cozinha.
— aish, meu celular ficou na cozinha. Jungkook, espera, vou pegar meu celular – digo pra ele, que estava perto de mim e o vejo assentir. Entro dentro de casa novamente e pego meu celular na cozinha e quando eu ia voltando, ouço minha mãe falar com ele.
— já que você vai ficar com o Jiminnie por alguns dias, você pode cuidar dele pra mim? – me encosto na parede e olho para o chão – ele me disse que a memória dele pode estar ruim por causa da doença e eu tenho medo de ele piorar mais ainda se não seguir o que foi recomendado pelo doutor – sua voz falhava um pouco, acho que ela tá chorando. Droga.
— eu com certeza posso cuidar dele, já ia fazer isso mesmo de qualquer forma – Jungkook dizia com a sua voz doce – não precisa se preocupar nem um pouco, eu estou apaixonado pelo seu filho e sinto que sou capaz de fazer tudo por ele – ao ouvir isso, sinto meu olho encher de lágrima, mas me forço a não deixa-las cair. Aish, por que eu tenho que preocupar tanto as pessoas. Respiro fundo e apareço na porta e o vejo abraçado com ela. Fofos.
— vamos? – pergunto para Jungkook e ele assente – tchau, omma – digo e lhe dou um beijo na bochecha.
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Fanfiction[REPOSTANDO/REVISANDO] Uma vida tão jovem, e uma vida tão tranquila. Park Jimin é um jovem fotógrafo, recém formado, e que possui grande admiração por um grupo específico de youtubers, porém um se destaca e é exatamente esse que 'bagunça' a vida tão...