Tudo deve coincidir

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No voo para Chicago, Handong e Yoohyeon estavam nas três fileiras à frente, ao lado uma da outra.
Enquanto Bora e sua suposta namorada, dividiam os assentos no lado oposto e um pouco atrás.

Já que a ruiva reservou lugares em que pudessem sentarem juntas, na classe de luxo.

Por isso os lugares vazios, para sorte de Siyeon que teve que fazer o check in mais cedo, e resolver algumas burocracia com administração do aeroporto.

Bora até ficou surpresa ao ter que dividir a mesma cabine com a Lee, que não estava tão diferente da sua namorada de mentira.

Já que elas não falaram muito uma com a outra, depois do pub e tão pouco tinham trocado contatos.

— Olá.

Sorriu Siyeon sentando-se ao lado esquerdo de Bora, já que o direito estava a janela.

— Tem dedo de Yoohyeon, ou seria uma grande coincidência?

Perguntou a loira incerta de que algo assim seria possível, e intrigantemente é a Lee ter conseguido uma passagem no mesmo horário e dia.

Siyeon a olhou confusa colocando a cabeça de lado, conforme tentava entender a pergunta repentina.

— Seria uma grande coincidência, você ter conseguido o mesmo horário, no mesmo dia, a poltrona ao meu lado.

Observou, enquanto sua expressão era intangível.

Com isso a Lee entendeu finalmente, seus olhos abrindo em surpresa, e um sorriso que parecia nunca alcançar os mesmos.
Ela negou.

— Uma grande coincidência. — Começou a Lee fazendo suspense, à medida que tinha olhos num tom mais escuro do castanho sobre ela. — Chamada Kim Yoohyeon.

Concluiu, e viu a mulher ao seu lado soltar um suspiro, que Bora nem sabia que estava segurando.

— Aliviada? Ou decepcionada?

Dessa vez foi Siyeon que perguntou, notando a expressão indiferente de sua acompanhante relaxar.

— Aliviada— direta. — coincidências tem um grande arco que move as engrenagens do destino, poéticamente falando.

Siyeon olhava ainda mais intrigada a mulher ao seu lado, até porque essa era a conversa mais longa que ambas tiveram depois de se ''encontrarem''.

— Interessante, não imaginava que seria alguém assim.

Bora a olhou em perplexidade, e por um momento Siyeon viu fleches da pessoa verdadeira, que se fantasiava com máscaras de mentiras.

Afinal, a Lee nunca gostou de pessoas assim, que escondiam quem, realmente eram.
Pois em sua vida, Siyeon se deparou com três tipos de pessoas; a primeira delas, se passando por boas, enquanto na verdade em seu interior, era podre.

A segunda; pessoas complicadas e complexas, que poucos se aproximaria para entende-las, de fato.
Sendo a própria, uma dessas.

E por fim a terceira; pessoas firmes que mostram quem realmente são, sem se importar se agrada ou não, os indivíduos a sua volta.

Por estranho que fosse, a Kim mostrava traços do terceiro tipo, mas, agora conversando com ela, Siyeon tinha dúvidas, que de fato, a mulher que conheceu naquela primeira noite, toda empoderada e arrogante, com a situação que se encontrava, parecia tão perdida quanto a própria Lee.

O engraçado, era que Siyeon queria ter perguntado o nome da mulher que chamou sua atenção, quando defendeu-se dos homens que tentavam ter algum proveito sobre ela.

Eu Vejo Você. - ( Suayeon.)Onde histórias criam vida. Descubra agora