Doce sonho cruel

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Bora se sentia como se estivesse deitada em milhares de algodão, eram mácios, mornos e aconchegantes.
Tão confortável e embalador, que a Kim se acomodou mais do que nunca.

Já que a sensação era uma das melhores.
Passando a mão sobre tal, a Kim topou com algo fofo e suave, no qual puxou e abraçou.

Tanto tempo sem dormir bem.
Afinal suas noites eram se culpando, e odiando sua incapacidade de não saber como ajudar quem ela tanto queria.

ー Siyeon.

A Kim passou um longo período pensando e sofrendo de insônia pela morena em questão.

Soltando um longo suspiro, ela escutou o som da porta abrindo lentamente.

O que a fez abrir e fechar os olhos algumas vezes, conforme a silhueta no escuro se aproximava, por alguma razão, ela estava cômoda com aquele quarto, e o estranho.

A Kim olhou para o móvel perto da cabeceira, e notou um abajur ao lado, embora tenha estranhado, ela esticou a mão para logo topar com interruptor e acende-lo.

ー Te acordei? ー O tom suave e ao mesmo tempo preocupado, a fez saber exatamente quem era.

ー Não, acabei de acordar. ー Respondeu.

Para logo ter aquela linda mulher aflita, sentada na beirada da cama.

ー Como está se sentindo?

Perguntou num sussurro.

ー B-bem. ー Sorriu, e sentiu a mão cálida acariciar delicadamente sua face. ー E-eu tive um ataque de pânico?

Tentou se sentar, mas antes mesmo de conseguir, Siyeon segurou sem força alguma os ombros da Kim.
Evitando que levante-se.

ー Sim. Junto ao cansaço e noites sem dormir. ー Completou lamentavelmente. ー Sinto muito se te assustei, não era minha intenção.

Confessou, e Bora notou o semblante de Siyeon se abater.

ー Não estava assustada Siy.

Confessa incerta.
Afinal seria possível, a Kim ter um ataque de pânico, mesmo que aparentemente se encontrava feliz?

ー A ansiedade não se dar somente ao medo. Também pode ocorrer quando está triste, com raiva, insegura. ー Esclarecia Siyeon com o tom brando, embora não conseguisse disfarçar a tristeza refletida em seus olhos. ー Eu sei que não tenho o direto para te perdi que confie em me. Mais se passo insegurança, pode falar. Farei de tudo para expurgar tal sentimento.

Mesmo com a pouca luz, a expressão alto culpável de Siyeon era perceptível.

Bora esticou sua mão para acariciar a face deprimida, da mulher ao seu lado,
onde se notou o recuar sútil da mesma por sentir receio, e medo por ferir quem amava, mesmo que suas intenções fossem boas, na perspectiva de Siyeon.

ー Siyー

Parou atordoada, ao notar que a mesma estava vestida com roupas leves e cômodas, e sem qualquer resquícios de maquiagem.

ー Onde estamos?

Indagou curiosa, por perceber que o lugar que estava não lhe era familiar.

ー Em uma das residências do tio Lee.

Revelou, e o sentimento de preocupação e rejeição ainda estava presente em suas palavras.
Não que Bora a tenha afastado, no entanto, as barreiras que Siyeon lutava para quebrar, ainda estava lá, não tão forte como antes, mas mesmo assim, se mantinha em ruínas.

ー Desculpa. ー Ignorando a advertência pelo olhar da Lee, Bora se sentava na cama.

Fazendo a morena olhá-la profundamente, onde a Kim via desespero nas orbitas castanhas que se tornavam mais escuras pela pouca luz.

Eu Vejo Você. - ( Suayeon.)Onde histórias criam vida. Descubra agora