Profundos sentimentos

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Depois de um longo tempo, Bora tentando desviar das insinuações daquelas duas atrevidas, conseguiu em fim retornar para o hotel.

Quando o elevador indicou o sétimo andar, caminhou pelo corredor vazio até seu quarto.

Ao abrir a porta cuidadosamente para não molestar Siyeon, se ela ainda estivesse descansando, se deparou com uma imensa escuridão alastrada por todo o cômodo, a não ser pela fraca luz da TV que iluminava determinado lugar onde a Kim encontrou a Lee sentada na cama assistindo um filme.

- Siyeon? - A chamou, caminhando até a mesma, que desviava o foco do filme repousando seus olhos sobre Bora.

- Não é cedo demais para a senhorita estar de volta? - Seu tom saiu surpreso.

Bora riu cética ao notar que Siyeon esperaria que ela ficasse até tarde curtindo com suas amigas, enquanto a mesma estaria largada no quarto de hotel sozinha.

- Pareço ser tão irresponsável assim? - Desafiou a Kim, tirando o sobretudo e colocando num cabide próximo a cama. - A propósito, é assim que trata alguém que está preocupada com você?

Falou ressentida e um curto sorriso surgiu nos lábios alheios.

- Claro que não. - Tentou se defender. - Eu só imaginei que vocês deveriam ter muito o que falar umas com as outras. Já que ao meu modo de vê, desde que chegamos em Chicago mal as presenciei reunidas.

- Entendo... mas não precisa se preocupar com isso, ainda temos quatros dias antes do casamento de Handong e Dami.

Dito isso, Siyeon pareceu pensar um pouco.
Aproveitando que estava perto da cama, a Kim sentou ao seu lado.

- Esse filme é sobre o que? - Pergunto ao notar um jovem maestro, orquestrando um grande concerto numa área pública lotada de pessoas.

- Hum.. se acompanhar atentamente, entenderá a mensagem do filme, mesmo o pegando no final.

Explicou ao voltar seus olhos para o filme, fazendo Bora a olha-a por alguns segundos, e depois focando para o mesmo.

A Kim assistiu atenta a determinada cena.
Onde espectadores contemplavam impetuosos tal performance cheia de paixão e emoção.

Podendo se ouvir explicitamente na junção das nota em harmônia, o sentimento de procura.
Conforme a orquestra chegava em seu ápice.

Um casal separado dentre a multidão, caminhavam decididos até uma área que dava para vê com perfeição o jovem maestro.

Ao executar o último movimento para seus musicistas, eles o acompanhava com caloroso fascínio, as últimas ordem.

Quando a tênua luz iluminou o executor de tal plenitude harmônica,
o jovem garoto se voltou para seus ouvintes com genuíno olhar esperançoso.
Onde buscou dentro a multidão o que tanto ansiava.

Neste momento, foi quando Bora compreendeu o que Siyeon quis dizer.

Quando o perdido casal olharam admirados para o pequeno garoto, era como se a longa procura dos três, chegasse ao fim.

No clímax final, o jovem maestro assim como o casal, se entre olharam.
E o sentimento que a melódia expressou desde seu início, foi correspondido.

Era quente e acolhedor a sensação que aqueles três compartilhavam;
ao suar longínqua a melodia no fundo, o genuíno sentimento de ser encontrado, descompassou o ritmo do coração de Bora.

Ela estava tão fascinada com a profundidade no que assistiu, que despertou espantada ao sentir Siyeon tocar de leve sua bochecha.

- Simples de se entender, certo?

Eu Vejo Você. - ( Suayeon.)Onde histórias criam vida. Descubra agora