A noite demorou uma eternidade a passar e ela precisou acordar três vezes (se é que pode-se dizer que Mirabela chegou a dormir) para recolher os cobertores que haviam caído no chão, em consequência da quantidade de vezes que a menina se revirou. Cada vez que Mirabela fechava os olhos ela via aquele corpo, tão pequenino, coberto por uma lona transparente e que, por tanto tempo, a assustou. Ela não teve coragem de falar sobre essa parte da lembrança em voz alta. Ainda não. Também não diria que nunca havia perguntado nada para sua mãe, porque essa era a primeira vez que ela criara coragem para dizer aquele nome. Nem contaria que seu pai nunca havia descoberto sua investigação ou que nunca a levara para seu laboratório, pois a garota recusou todos os convites com medo de entrar lá novamente.
Na outra extremidade do corredor, agora vazio e escuro, mais uma alma que sofria com a insônia. Eram tantas as perguntas que passavam pela mente de Jonathan que ficara impossível tentar dormir. Por que Mirabela só me contou sobre isso agora? E por que teria tanto medo de falar sobre isso? E tenho certeza que era medo, já que essa era a única coisa que a fazia se exaltar depois dos meses de terapia. Além disso, por que nossa mãe se recusaria a falar sobre Sunny? Ela não é do tipo que se importa muito, ou que se importa com muitas coisas.
Enquanto isso, no sul do continente americano, muito longe de onde os gêmeos estavam, alguém sonhava grande e começava a obter seus resultados, independentemente dos meios utilizados.
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(sobre)viva
Mystery / Thriller🏅VENCEDOR DOS PREMIOS WATTYS 2021 EM SUSPENSE 🥇lugar em suspense no Concurso Relâmpago de Natal 🥉Lugar na segunda edição do concurso Mestres Pokémon- terror/mistério. 🏅Vencedor da categoria "melhor sinopse" no concurso Pena de Ouro, primeira edi...