1 - Memórias

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Oi pessoal, primeira vez queria fazer uma historia girafa por que leio tantas aqui que são tao lindas, Espero que gostem , podem dar opinião e toques.

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Rio de Janeiro - Maio 2019 - Brasil

A Noite estava gélida, mais escura que o habitual , mas ainda assim divertida . A loira platinada de cabelos curtos escorridos ate o ombro, lábios carnudos e olhos verdes brilhantes estava distraída , olhava seu reflexo no retrovisor e pensava em o quanto estava cansada porem feliz.

Passou as mãos por seus cabelos, deu um leve suspiro e afundou um pouco o corpo no banco preto e confortável da Pajero Mitsubish Full de mesma cor , apesar de ser o automóvel mais notório da Policia Federal , aquele ainda passava despercebido , por ainda não ter o brasão da corporação colado em suas laterais .

A mulher não costumava se encontrar distraída , ainda mais quando estava em serviço, mas já era final de plantão e estava apenas esperando seu parceiro voltar da lojinha de conveniências , na qual entrou minutos atrás, para buscar um café quente para os dois.

De repente um estalo abafado , vindo de Deus sabe onde , se fez ouvir na lateral do carro, a loira deu sobressalto e saiu do veículo, já com o coldre de sua arma aberto e as mãos firmes pousadas sobre sua Glock 9m.

 Enquanto caminhava olhou superficialmente o perímetro do carro , apesar de tarde da noite , tudo estava calmo. Relaxou por um instante , com os olhos mais calmos se virou para que pudesse se por na direção da lojinha , viu seu parceiro ali dentro, na ponta dos pés , escolhendo alguma coisa no balcão , então sorriu tranquilamente , suspirou e disse para si mesma, - Mulher cê ta trabalhando  demais, para de paranoia Rafaella !!!!!

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Belo Horizonte, Verão de 2014

Rafaella Kalimann vinha de uma família tradicional de Minas Gerais , Ingressou na Policia Civil mineira no quadro de investigadores da corporação civil assim que terminou a faculdade de direito. Não ficou surpresa com a admissão pois sempre foi seu desejo desde muito nova, tinha uma conotação pessoal, seu censo de justiça! Não gostava muito de lembrar de onde vinha sua luta por justiça, pois trazia grandes sofrimentos , esperava um dia conseguir falar sobre seus traumas de infância , mas ainda não conseguia.

De qualquer forma sempre muito paciente , religiosa e calma. Todos integrantes de sua família achavam que seria Modelo, atriz ou alguma outra profissão relacionada a sua imagem , pois sempre foi Linda, alta, possuidora de um corpo de dar inveja a qualquer um, sem frequentar academias ou fazer sacrifícios . Seus atributos não se destacavam apenas no campo físico, a loira também sempre foi muito sensual em tudo que fazia, até sem querer, possuía olhos incrivelmente sedutores.

Casou-se com Rodolffo, ainda quando estava trabalhando na polícia Civil, o homem alto de pele clara, barba milimetricamente perfeita, sotaque goianês, lhe encantara. 

Ele era doce e atencioso antes do Casamento, porém sua carreira não ia tão bem quanto a dela.
Enquanto Rafa, como os mais íntimos a chamavam, era condecorada e estudava para ser Agente de inteligência e mudar da Esfera Estadual para a Federal, Rodolffo, um cantor que possuía dificuldades em conseguir trabalhos, se afundava cada vez mais em dívidas e não conseguia compor, nem dar andamento a sua carreira.

- Malditoooooo cú de Girafa , ô Sucesso! - Rodolfo costumava esbravejar quando algum trabalho era rejeitado. A mulher já não aguentava mais seu temperamento.

- Rô, pare de xingar, o que uma inocente girafinha tem haver com suas frustrações?!  - A loira falava, com uma expressão incrédula do piti do Marido.

Máscaras (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora