POV RAFA
Andei alguns quilômetros pela cidade até encontrar um local seguro para estacionar, esquadrinhei com os cantos da rua que me encontrava agora e estacionei próximo a uma lojinha onde a iluminação era boa mas não o suficiente para que fossemos vistas, antes pude observar a mulher ao meu lado contanto satisfeita cada nota de cem com um sorriso no rosto.
Quando notou que eu havia estacionado ela guardou o montante lentamente dentro do sutiã e me olhou com desejo, passando a língua vagarosamente por seus lábios, os deixando molhados.
"Então Senhorita..." me limitei a Dizer que ela poderia me chamar de Jade.
- "Jade, o nome combina com seus olhos, pela quantia que me deu, sou sua pelos próximos, digamos, dias "soltou uma risada e me olhou de cima a baixo. - "O que vai querer primeiro?"
Sua fala exalava luxuria e ela parecia gostar do que estava fazendo.
Depois de alguns momentos expliquei que eu precisaria da sua total discrição, que o montante era somente uma parte do que eu pretendia lhe pagar caso tudo saísse como planejado e que o "trabalho" propriamente dito não era comigo e pude jurar que sua feição gritava desapontamento. Ainda lhe expliquei que o tal Trabalho talvez nem ocorreria pois eu estava tentando resolver de outro jeito, mas que se não precisasse ainda sim a pagaria. Estava rezando para conseguir acabar com tudo antes de precisar
Depois de nos entendermos me ofereci para deixa-la em qualquer lugar que ela quisesse, peguei seu contato e voltei para casa.
No meu celular vi muitas mensagens e ligações de Lucas e nenhuma resposta de Gizelly, resolvi telefonar para ela quando meu celular tocou, era Tato.
- Oi? - Deveríamos conversas genericamente.
-Tudo bem? Estou muito satisfeito com o conteúdo daquele trabalho. – ele se limitou a dizer, se referindo ao aparato contendo as informações que peguei do escritório de Marianne horas atrás.
- Conseguimos bater toda a meta? Outros investidores conseguiram obter os lucros desejados também? – Queria saber se nos arquivos apareciam outras famílias ou pessoas.
- Só o investidor original mesmo, mas nada impeça que consigamos trabalho com os outros não é mesmo? temos um longo caminho pela frente. – Significava que só havia documentos sobre os Macgowan mesmo, parte de mim ficava triste e outra feliz por não envolver nada relacionado a Gizelly.
- Fico Feliz, me empenhei muito, gostaria de encerrar um dos contratos mais duradouros, com o empresário principal. – Queria cortar laços com Lucas de qualquer forma e Tato precisava aceitar.
- Hummm, ainda não é hora, ele tem muito a oferecer para nossos negócios.
- Eu realmente preciso encerrar esse contrato especifico – falei e Renato fez uma longa pausa do outro lado da linha.
Eu sempre fui muito intuitiva e a relação com Lucas havia sido um erro, foi a forma mais rápida de me envolver com a família mas não poderia ter sido a mais errada, eu sentia que seria minha ruina e a da missão. Após um suspiro Renato voltou a falar.
- Se você encerar esse contrato, talvez serei obrigado a pedir outro para assumir, pelo menos esse em particular.
Meu coração gelou, ele estava pensando em colocar outro agente. Sabia da possibilidade mas achava que não seria possível. Quando estava em treinamento, pude trabalhar com a policial Mari Gonzalez, ela era a terceira cogitada e após a morte de Manoela e minha internação ela fez de tudo para ser inserida como a líder na missão mas meu empenho e teimosia a tirou do páreo. Engoli meu orgulho e meus questionamentos.
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Máscaras (Girafa)
Hayran KurguRafa, Agente Federal com sede de vingança que se mete em uma trama envolvendo uma família poderosa de Brasilia, cruza seu caminho com Gizelly , uma Professora de Direito de uma renomada Universidade e integrante da família investigada. O destino tr...