14 - O que ta acontecendo????

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POV RAFA

Consegui passar pela morena de mexas rosas no cabelo, Flay, que se fingia de bêbada mas na verdade estava cuspindo cerveja em todos os compartimentos que continham mantimentos da cozinha. Credo, me lembraria de não comer ali! Arrgh !!!

Fiquei me perguntando se Gizelly tinha notado o que ela fazia, pois não agia como alguém que tinha percebido quando me esgueirei pelas suas costas para ir em direção ao o escritório de Alexandre, sabia onde se localizava por causa de uma planta que Manu possuía.

Por ser a primeira vez que estava na Fazenda não sabia como seria a missão e nem se conseguiria entrar aqui de novo, portanto deveria trazer pouca coisa e implantar a escuta o mais urgente possível.

Escutas eram difíceis serem admissíveis em tribunais principalmente grandes casos como esses, elas tendiam ser dispensadas ou inconclusivas rapidamente sem provas concretas, ou as provas obtidas não poderiam ser utilizadas, mas após o atentando de Manu, eu mudei completamente.

Estava disposta a fazer qualquer coisa para descobrir todo o esquema e quem estava por trás de tudo aquilo. Estava disposta a fazer o que fosse preciso.

Tirei de dentro da minha pequena bolsa, um aparato de um tamanho de um botão, escolhendo algum ponto discreto próximo a mesa principal.

O cômodo era Grande, escuro e incrivelmente arejado, não sei de onde vinha tanto frescor, esforcei meus olhos para enxergar, tinha uma grande cadeira presidente de mogno e couro caramelo escuro, uma grande mesa estilo medieval de mesma cor, com gavetas que estavam trancadas, estantes por todos os lados, uma mesa de centro, um barzinho próximo a janela, e várias poltronas luxuosas espalhadas, tinha um ar de que alia ocorria várias reuniões de políticos e mafiosos. Ódio! Será que Gizelly participava delas?

Não consegui escancear melhor o cômodo. Gizelly é incrivelmente intuitiva, pois justamente a dona dos meus pensamentos parou em frente a porta, me trazendo a realidade de que deveria sair dali o mais rápido possível.

Por um breve momento achei que ela adentraria o escritório mas ficou parada por vários minutos em, observei pela sombra que fazia no batente eu já pensava em uma desculpa esfarrapada tratava de rezar para que ela acreditasse.

Gizelly saiu, e eu quase fui pega por Marcela ao sair também, tomei cuidado para que a louca na cozinha não me visse, mas não a avistei também.

Enquanto voltava ao jardim, me pegava pensando naquela maldita noite em que o céu teve o prazer de receber uma de suas mais belas fadinhas, minha amiga avistou a figura de alguém que já encontrou, tenho certeza, pude ver em seus olhos, não estava doida. Ela queria me dizer tantas coisas, algumas eu podia imaginar, outras nunca saberia.

Se eu tivesse prestado mais atenção, talvez poderia ... Não Rafa, não volte ao topo desse penhasco novamente.

Enquanto caminhava por todas aquelas pessoas, forçando um sorriso, desejando ter os poderes de Jean Grey e poder ler todos seus pensamentos, trilhei novamente algumas táticas em minha cabeça comparando minhas ideias, com as de tato e as de Manu, afinal a menor tinha o maior conhecimento sobre eles.

Se Manu não tivesse morrido e eu estivesse me infiltrando, meu ponto de entrada definitivamente seria o Lucas, por achar o mais fácil dos alvos e de ser enganado.

Tato vislumbrava Daniel, como seu cavalo de troia, pelo seu amor ao teatro, facilmente trocaríamos informações com assuntos em comum oferecendo fama ou algo do tipo. Segundo Tato seria como enganar uma criança de 7 anos, eu dizia que era mais difícil enganar a criança, então seria possível que dos esquemas da família, Daniel nada saberia.

Máscaras (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora