POV MANU
O dia seguinte foi marcado atipicamente, Mariana costumava acordar bem cedo e quando eu me levantava todo o café já estava preparado e a mesa posta, até nossos arquivos que antes se encontravam em cima da mesa não estavam todos la, naquele dia apenas a garrafa de café estava cheia.
Me espreguicei , esfreguei os olhos, me servi de um pouco de café e olhei para a mesa onde trabalhávamos. Pude observar que parte dos arquivos haviam sumido, aqueles que ela estava averiguando, franzi o cenho e não entendi o porquê.
Ainda bebendo o liquido da caneca, que por sinal estava delicioso, Mariana sabia fazer um café maravilhoso, fui até seu quarto, bati vagarosamente a porta algumas vezes, sem resposta.
Na segunda vez a porta abriu um pouco então empurrei com cuidado. Coloquei metade do corpo para dentro e não vi nem sinal de alguém, "Mariana", gritei e não obtive resposta. Percebi que nunca havia entrado em seu quarto, então assim o fiz.A cama e o quarto eram maiores que os meus, 'A Policia Federal tem seus preferidos então', sorri mas sem me indignar com isso, eu não ligava. Ao lado da cama tinha dois pequenos móveis, em um deles um pequeno abajur colorido, no outro as pastas que faltavam a mesa, Mari parecia estar trabalhando do seu quarto ao invés de se apresentar a sala comigo, ela ainda estava brava.
Sua cama estava perfeitamente arrumada com um lençol azul bebê e o quarto cheirava a ela. Todo o quarto tinha o cheiro de cereja delicioso que eu sentia todos os dias nela, era seu cheiro característico, acho que era algum shampoo, creme hidratante ou algo do tipo.
Passei minhas mãos pelo lençol, era realmente macio e meu coração apertou quando lembrei do quão rude havia sido com ela no dia anterior. Me lembrei de como no passado ela era competitiva e cruel, e me lembrei também que do nada isso havia parado, mas nada havia apagado os momentos ruins que passei por causa disso, mas também não guardaria rancor para sempre, so tomaria cuidado. Agora ela estava diferente e eu percebia suas tentativas para me agradar, mas eu tinha dificuldades em deixar que Gonzáles quebrasse barreiras, aprendi a construir muros ao meu redor novamente, sei que isso não era nada bom mas eu não conseguia fazer diferente, há coisas que nossa mente faz para nos proteger.
Ter que sumir e o perigo iminente de minha morte fizeram com que eu não quisesse me apegar a mais ninguém dentro da corporação, eu havia decidido que minha única amiga seria Rafa, até por que eu não poderia afasta-la, pois se dependesse da minha sanidade e da dela, eu a afastaria.
Como eu poderia deixar Gonzalez entrar em minha vida assim, estávamos fazendo muitas coisas juntas, mercado, faxina, cozinha, trabalho, discutíamos seriados, , Droga eu esperava ela para poder assistir algum episódio novo de Lúcifer que saia, isso não era normal, qual o próximo passo ? Igualar menstruação? Revirei os olhos com tal pensamento.
Mariana quando tinha que sair me deixava algum bilhete ou me acordava mas naquela manhã não o fez, obviamente ainda estava chateada. Ouvi meu celular tocar então acordei de um transe e me surpreende pois estava segurando e cheirando seu travesseiro, Meu Deus . Soltei como quem larga uma batata em chamas e corri para o celular, atendi sem ver quem era, só poderia ser Gonzalez.
- Fiquei preocupada Você não estava aqui quando acordei, onde está?
- Olha, parece que alguém transou mas saiu antes de acordar juntinho – ouvi uma gargalhada.
- A vai te foder Rafaella – Ouvi agora Gizelly rindo e perguntando de que Rafa ria , eu podia ouvir as duas conversando do outro lado.
"Amor, ela achou que era a Mari, tava falando que acordou e não encontrou ela" Gizelly rebateu " AHA Não te falei Rafa, ali tem alguma coi.."
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Máscaras (Girafa)
FanficRafa, Agente Federal com sede de vingança que se mete em uma trama envolvendo uma família poderosa de Brasilia, cruza seu caminho com Gizelly , uma Professora de Direito de uma renomada Universidade e integrante da família investigada. O destino tr...