46. Bad Girl (Bonus)

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46. Garota má  (Bônus)

Manhattan, New York City, NY, USA - Abril, 2015 às 15h45 PM

Point Of View Gwenevere Rae Somers

Não é como se fosse algo fácil, mas, definitivamente, também não é absurdamente difícil de lidar. A questão é que eu apenas sinto-me desconfortável comigo. E com tudo, na verdade. Durante muito tempo eu apenas fui a irmã chata, a filha não desejada pela mãe e a filha mimada pelo pai, enquanto eu guardava sentimentos pelo filho dos melhores amigos dos meus pais. Nunca pensei muito em mim. Sempre fiz tudo o que eu podia para fazer com que minha mãe mudasse o seu jeito e sua forma de me olhar e, bom, acabei me apegando em coisas superficiais.

E bom, olhe bem como mundo gira, não é? As coisas mudam de uma forma... Inesperada, e olhe bem como eu estou: morando sozinha, tendo uma boa relação com minha mãe, não gostando de como meu pai é uma pessoa totalmente diferente do que sempre achei que fosse... E estou grávida de gêmeos do filho dos melhores amigos dos meus pais, quais eu guardava sentimentos.

E acho que seria até melhor se ainda estivessem guardados.

— Zach, qual é? — o empurro, revirando os olhos conforme vou andando. — Eu não... Olhe o tamanho desse lugar. Você acha que seria uma boa opção? As garotas podem ficar aqui. Podemos fazer uma reforma, melhorar a cozinha, derrubar essa parede, deixar bem aberto... A sala é grande, eu adorei.

— É, essa casa é uma boa opção, mas... Você noção de isso daqui vai custar uma grana? E você ainda quer fazer uma reforma. Não sei, porque não...

— Posso dar um jeito.

— Qual? Pedindo ajuda ao Justin?

— Não, claro que não. Vou pedir à minha mãe.

— Ah, fala sério, você não fará isso.

— Ela está disposta em me ajudar como que eu preciso, e acredite, ela pode me ajudar. E eu quero fazer isso. Quero que o bar dê certo. As garotas gostam de trabalhar no bar, gostam de dançarem e... Isso está trazendo mais dinheiro para o bar. Justin também sabe disso, então...

Zach me analisa e concorda, passando os olhos pelo soft.

— Posso te ajudar também.

— O que? Não.

— Por que não? Posso ajudar. É um soft bem grande. Podemos... Derrubar essa parede, colocar as camas, deixar um espaço entre elas um pouco maior... Para cada uma ter o seu espaço.

— Podemos colocar uma arara de roupa para cada uma, com uma cômoda também e...

— O banheiro ficará maior também sem a aquela parede, e podemos colocar mais pias e o chuveiro... Com mais espaço. Com duas ou três duchas.

Zach ri enquanto passa os olhos pelos lugares, analisando tudo.

— É, podemos fazer isso.

A gente se olha por alguns segundos e sorrio quando o mesmo levanta sua sobrancelha, fazendo graça.

— Gostei. Vou... Alugar.

— Faça isso, será legal.

Seus olhos descem para seu relógio e respiro fundo, andando em direção a porta. O seu celular toca, e sorrio vendo-o arrastar a porta para mim, deixando-me trancá-la.

— Oi, eu vi as mensagens, já te responde. O que? Não, Nat, agora... Justin o que? Como? Hoje? Não, ele não me falou nada. Vou ver todas as mensagens, nos falamos depois.

Drink, think... And steal.Onde histórias criam vida. Descubra agora