4. All That Matters

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4. Tudo o que importa.

Manhattan, New York City, NY, USA - Dezembro, 2014 às 10h45 AM

Point Of View Gwenevere Rae Somers

Um lado da minha cabeça dói tanto que confesso, sem querer ser exagerada, que parece latejar um pouco. Só derrota. No entanto, me mantenho deitada em minha cama com os olhos presos no teto, mentalizando justificativas que me convençam de que não irei me levantar daqui. E bom, até agora não há nenhuma chance disso acontecer.

A porta do meu quarto é aberta. Isso não pode ser sério.

— Como é? Você vai agora mesmo fazer o que estou mandando. — Meu pai diz firme com alguém e franzo o cenho, erguendo a cabeça e olhando para a porta, confusa. — Você também, Gwenevere, se levanta agora mesmo. — Manda e levanto às sobrancelhas. — Agora mesmo, Gwenevere, anda.

Olha só... — Me sendo em minha cama e aponto a mão para ele, pedindo para parar. — Primeiro de tudo... Por que você está gritando? Eu acabei de acordar, não coloquei a cara para o lado de fora e você abre a porta do meu quarto gritando?

Meu pai me encara com uma expressão de desdém, se repreendendo em seguida quando respira fundo e concorda, olhando para seu relógio com impaciência. Ah, já sei por qual motivo está assim.

— Sua mãe está precisando de ajuda na cozinha. — Justifica, calmo. — Seu irmão está limpando lá fora com Ryan para podermos almoçar, e iremos receber os pais de Jacklyn e os avós de Christian para o almoço, portanto, por favor, ajude a sua mãe e o Justin com o churrasco?

— Ok.

Me levanto emburrada e abro a porta do banheiro, virando o rosto com lentidão. O mando sair. Fecho a porta do banheiro com força, e me olho no espelho, gostando do que vejo pela primeira vez. A minha pele está ótima. Jacklyn tinha razão sobre a importância de fazer SkinCare. Lentamente me abaixo, jogando um pouco de água em meu rosto, pra refrescar. O meu cabelo continua cheio de ondulação do babyliss de ontem.

Ontem.

A sensação de voltar no tempo em memórias rápidas, desejando o toque, a aproximação... Me fazem me observar no espelho, e a minha imaginação me sabota quando idealizo Justin em minha frente, beijando meu pescoço... Como ontem. Sem medo, sem restrições e sem pausa.

Éramos só nós dois.

E eu quis tanto continuar com ele no Central Park. Não havia ninguém. Só nós. E estava bom, de certa forma, porque... Ele queria me ouvir. E apesar de eu não ter falado nada além do que eu já havia falado para ele dentro de seu carro, ele queria ouvir. Saber.
Apesar disso, havia um aperto presente em meu coração. Um aperto de... Repreensão, como se meu subconsciente reprovasse às minhas atitudes e meus desejos.

Drink, think... And steal.Onde histórias criam vida. Descubra agora