1. Prólogo

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1. Prólogo

Manhattan, New York City, NY - USA - Março, 2015 às 07h00 da manhã.

Point Of View Gwenevere Rae Somers

Confesso que nos primeiros segundos em que pisei no corredor da faculdade, a primeira coisa que fiz foi me perguntar: O que está acontecendo? Porém, segundos depois me praguejei por isso. A falta de cafeína, com certeza, me deixou burra, e sinto raiva de mim por ter dormido tão tarde, e acordado tão atrasada. Eu sou patética. E isso não é novidade.

A movimentação no jardim me deixa curiosa, e observo a grande movimentação, seguida de gritos masculinos que me fazem franzir o cenho e negar. É sério que isso está acontecendo às 07h00 da manhã?  Bom, q resposta, obviamente, é sim. E eu nego, frustrada quando meus olhos param em meu irmão em pé em cima da mesa, enquanto sorri largamente para os seus amigos. É por esses motivos que nós nunca fomos para casa nos finais de semana quando estávamos no colégio interno, e agora, um ano depois... Às coisas continuam da mesma forma.

E é por isso, que mais uma vez os meus pensamentos chegam na mesma conclusão sobre eu detestar a ideia de que sou irmã de um garoto tão idiota, e que hoje, eu realmente não faço mais questão nenhum de que nossa relação familiar seja algo bom. Não mesmo.

O sinal bate com força, como se estivesse dentro da minha cabeça e fecho os olhos, sentindo que a tem grandes chances de explodir em algum momento. No entanto, esse momento terá que esperar pelo menos, eu assistir às duas primeiras aulas, sendo uma de Direito Internacional Público e Organizações Internacionais. Obrigada, Relações Internacionais.

Em um movimento rápido ando em direção à mesa, e peço licença para conseguir chegar perto o suficiente do meu irmão. Eu bato palmas, chamando sua atenção para que desça e ele me encara, lançando-me um olhar de desdém enquanto mexo a cabeça em negação, deixando claro a minha reprovação para suas atitudes.

— Parabéns por essa cena patética, Charles Somers, agora... Você pode fazer o favor de descer da mesa? — Peço, cruzando os braços com impaciência. — Com quase 20 anos nas costas, você ainda consegue se submeter em passar esse tipo de vergonha?

O sorriso largo da minha melhor amiga me chama atenção, e Charles pega sua mochila das mãos dela ao descer da mesa, enquanto carrega um sorriso no rosto e parece feliz com a aprovação de sua namorada. Eu nego, irritada por ela apoio-lo fazer tanta merda. Seus param em mim e Charles a puxa, beijando sua boca como se isso fosse me afetar, de certa forma.

— E às 07h da manhã, o seu humor se mantém o mesmo. — Ryan diz baixo, puxando meu rosto para deixar uma beijo em minha bochecha. — Apenas... Relaxe, Gwen, pode ser? O seu irmão está animado, deixe-o curtir e não seja a irmã caçula mais chata.

E por mais que eu tenha resposta perfeita nos lábios, Ryan apenas recebe o meu silêncio e as minhas costas, pois decido que... Eles não valem nada, eu sim. E digo isso porque sei que é por escolha que eles são assim, pelo menos, eu acho. De qualquer forma, isso não me interessa muito, e ergo os olhos para trás quando o meu nome sai acompanhado de um grito.

— Você chegou agora? — Concordo, olhando em meu relógio com rapidez. — Atrasada ao ponto de não ter tempo nem para tomar um café comigo, acertei?

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