E se um pequeno deslize tivesse o poder de começar uma paixão?
Pois, é.
Justin Bieber, por impulso e curiosidade, acaba cometendo um dos seus deslizes que, por muito tempo, foi reprimido pelas circunstâncias de sua vida. No entanto, ele não espera...
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23. Proposta tentadora
Manhattan, New York City, NY, USA - Março, 2015 às 19h00 PM
Point Of View Justin Drew Bieber
Não é fácil tentar ser alguém que você não é, isso é fato, não há o que discutir. Tentar empurrar algo garganta abaixo, é como engolir pregos, a sensação é realmente horrível, e o pior de tudo isso... É que eu faço isso toda hora. Fingir ser o que você não é, não é fácil, de verdade. Engolir seus sentimentos, demonstrar uma marra que você não tem, manipular as pessoas e fazer com que todos e qualquer situação se vire favorável para você também não é fácil, mas é possível.
Hoje me vejo em uma situação da qual eu não esperava e não havia me preparado: ser namorado de alguém e consequentemente, um recém pai. Isso, definitivamente não estava nos planos. Nem de perto e nem longe, e confesso que ainda... Não caiu a minha ficha.
No entanto, não posso fingir que eu não tive participação nisso.
O único problema é que eu... Estou desesperado. São muitas coisas para eu simplesmente... Não dar importância. E eu sei o quão ridículo isso parece e como tudo que sai da minha boca parece um absurdo, mas... Não é fácil saber que estou com uma herança de puro dinheiro sujo e que carrega uma grande parcela da morte da minha mãe,nas mãos. Não é fácil para mim, por mais que eu saiba que possa não ser razão o suficiente para alguns.
— Gwenevere? — a chamo, fazendo-a virar o rosto para mim. — Já se decidiu para onde vamos?
— Lugar nenhum. — rebate, baixo. — E eu já disse isso três vezes hoje, você vai continuar insistindo?
— Sim, Somers, eu vou. Para onde vamos? — me aproximo da mesma, sentando-me ao seu lado no sofá. — Não escrito que você irá ficar abalada por causa de Jacklyn, certo? Você não tem culpa de nada e... Você não pode fazer suas próprias decisões?
Seus olhos se prendem nos meus e seus ombros se mexem com desdém. Eu nego e aperto sua coxa, aproximando meu rosto de seu ombro, deslizando meus lábios por sua pele até chegar em seu pescoço, sentindo seu perfume e lhe dando um beijo. Sua mão toca meu braço e passo o mesmo por sua cintura, tocando sua cintura, fazendo-a se aproximar de mim, tocando minha nuca, acariciando meu cabelo.
Eu me sinto arrepiado demais e me afasto, mordendo os meus lábios, mantendo os olhos fechados por isso. Ainda é um pouco confuso o toque em minha nuca, mesmo que eu me sinta... Seguro com ela. Seus olhos me analisam e puxo seu rosto para mim, tocando seus lábios. Seus dedos tocam meu rosto, parecendo respeitar algum limite quando sobe a mão para meu pescoço, puxando-me para ela.
— Serei o pai do seu bebê. — digo, soltando seus lábios. — Bom, do... Nosso bebê. — me corrijo, vendo seus olhos se fecharem e sua testa se encostar na minha. — E eu juro que farei tudo o que eu puder para fazer com que você não se arrependa de não ter ido embora e vivido sua vida longe de mim.
