Beatriz
— DANTE HAWTHORNE! — Sam e Cathy dizem em uníssono, logo após eu ter dramatizado perfeitamente o monólogo da minha sina e possivelmente morte arquitetada pelo professor de filosofia da escola.
— Só você mesmo para ter tanta sorte assim, Bea. — Sam ironiza rindo.
— Claramente não vou aceitar isso — Começo novamente. — Já estou tão bem familiarizada em ter que fazer os trabalhos todos sozinha, mas como se não bastasse isso, vou ter que aturar ver como uma fardo-a companhia um cara narcisista e mulherengo!? — Digo exasperada. Cathy me lança um olhar mortal. — Tenho certeza de que é isso que ele é, não estou dizendo nada de não seja verdade.
— Bea! — Ela me repreende entre dentes. Dou de ombros. — O que tem de demais nesse trabalho, afinal? Deveria agradecer tem muitas garotas que conheço que, literalmente, matariam para estar no seu lugar.
— Nisso, eu tenho que concordar. — Samantha diz levando uma colher cheia de iogurte a boca. Devolvo um olhar mortífero como resposta. Sério? Reviro os olhos. — Hey, estressadinha! Não estou dos agradecimentos que você deveria fazer, mas se eu fosse você, tomaria cuidado, principalmente para não ser assassinada por nenhuma tiete dele. — Sinaliza com o rosto para algo atrás de mim.
Viro-me para olhar e sim, entendo o que ela quis dizer.
Me deparo com um radiante e enorme grupo de garotas. Cabelos encharcados de tinta amarela e rostos com maquiagem igual a de um palhaço é o que não falta.
Será que é um padrão para elas se vestirem assim?
Parece mais um fã clube da Barbie, não de um cara.
Todas parecem estar conversando animadas sobre o que parece ser roupas, maquiagem, festa e tantas outras banalidades. Até que noto que uma delas me encara.
— Aquela é a Gemma.
— Sua nova arqui-inimiga, Bea. Boa sorte.
Mantenho meu olhar firme e tão logo a pobre Gemma vira o rosto para uma espécie de cópia sua que está sentada ao seu lado, pelo visto ela não sabe fingir muito bem.
— Vou conversar com o Sr. Scudder — Volto-me para as meninas. — Tenho certeza de que ele vai mudar isso, ou até, tenha se enganado quando digitou aquele nome.
— Seu otimismo diante o inevitável me fascina, Beatriz. — Cathy pronuncia com um sorriso no rosto.
— Já desejei boa sorte — Cathy coloca a mão sobre a minha na mesa. — Mas não nego, estou torcendo para que falhe.
— Hahaha. — Riu sem achar um pingo de graça.
— Você precisa de alguém, Bea. Precisa aproveitar antes de ir para faculdade. — Catherine começa seu tão comum discurso, sem me dar sequer uma brecha para fugir. Diz sobre como somos jovens, que a vida é curta e em como devemos aproveitá-la. Já decorei cada palavra. — E nada mais incrível que essa pessoa a te ajudar a fazer isso seja o Dante.
— Meu Deus! — Massageio minhas têmporas forçando-me a esquecer isso. — Agora as minhas próprias amigas andam torcendo pela minha desgraça. Como sou agraciada por ter vocês. — Falo me levantando. — A sorte é que tenho que ir agora para me encontrar com um certo professor, que no caso, vai me livrar disso.
— Bea... Volta!
— Você não vai se escapar dessa, viu? — Ouço Cathy falar as minhas costas.
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AMORES ETERNOS - A História de Dante e Beatriz
Romance"Nota mental: O amor nos faz sofrer. O amor nos faz cair. O amor não existe para mim." Beatriz Cline não acredita no amor. Mas, e você? Você acredita no amor? Beatriz Cline não acredita no amor. Os motivos que a levaram banir esse sentimento de sua...