52 - Em flagrante

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"Porque o resto você fez, me refez e no mesmo instante eu me apaixonei"
Pricila Alcantara

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Dianna narrando

Desde de ontem que não vejo a vista da rua, caminho até a janela observando a enorme sujeira que está esse quarto. Assim que chego percebo que já está quase anoitecendo, o por do sol está maravilhoso.

De imediato me lembro das pessoas que mais amo: minha família, amigos e meu namorado.

Volta cena em minha cabeça, quando Lucas me pediu em casamento naquele parque, logo sorrio me lembrando do passado. Mas infelizmente agora não me sinto bem, estou longe daqueles que eu amo, mas sei que Deus está comigo.

Apesar do medo, sei que nada vai me acontecer!

Continuo olhando para o por do sol até que onso alguém abrindo a porta, com certeza é Renato ou Wanessa.

— Olá! - diz Wanessa entrando com uma bandeja - Trouxe o seu lanchinho.

Eu me viro tirando meu olhar da janela, fico em silêncio.

— Não vai dizer nada? - pergunta com um sorriso sarcástico.

— O que teria para dizer? - pergunto - Afinal a gente não tem nada para conversar. - digo com seriedade.

— Aí que você se engana. - contradiz - Porque acho que temos muito que conversar. - se senta na cama e coloca a bandeja no colo.

Continuo imóvel  a olhando, meu olhar e de pena. Queria que ela se arrependesse, apesar de tudo que ela fez comigo.

— Vai ficar me olhando assim?! - se irrita com meu silêncio - Sente-se, aposto que deve está morta de fome.

Vou em direção a cama e me sento, olho para ela que continua com uma expressão irônica.

— Sabe Dianna, quando me falaram que meu Lucas estava namorando, eu pensei que iria ser fácil separar ele de você. - diz pegando uma uva passa da bandeja - Mas já percebi que muito pelo contrário, você e ele se amam e não tem mais o que fazer. - diz levando a frutinha a boca.

— Se sabe disso, por que insiste me manter aqui trancada?! - pergunto.

— Eu não disse que iria desistir Dianna. - diz olhando em meu olhos - Para conseguir o que eu quero, sou capaz de qualquer coisa.

— Tenha conciensia Wanessa, não vai adiantar nada você me manter aqui. - insisto.

— Você tem razão. - uma lágrima rolar em seu rosto - Mas antes de te tirar daqui, come o lanche deve estar fraca. - sorri.

Eu sorrio e como um pedaço do sanduíche, tomo um gole do suco de laranja. Está tudo uma delícia!

— Estava bom? - ela pergunta.

— Sim, uma delícia. - respondo.

No mesmo momento sinto uma dor de estômago, me contorço com a dor intensa.

— Está se sentindo mal? - ela pergunta com sorriso sarcástico.

— Sim, eu não estou muito... - eu me levanto - Bem.

No mesmo momento vejo tudo rodar, em segundos me encontro no chão.

— Adeus Dianna! - escuto sua última frase antes de apagar.

Felipe narrando

[...]

A lua já apareceu, a noite está linda cheias de estrelas. Em meu relógio já bate 19:00, estou me preparando fisicamente para eu ver minha sendo presa.

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