Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]

Capítulo 8

- Tá de sacanagem comigo? Me deixa ir pra casa! Para com isso, seu imbecil! - Meus gritos e xingamentos são abafados pelo som do vento.

Minhas mãos estão grudadas em seus punhos. Que merda esse cara pensa que é para fazer uma coisa dessas? Ah, mas ele vai ver só quando descer dessa moto!

Passamos pela ponte do Brooklyn e rapidamente alcançamos o Upper West Side, um dos bairros mais nobres de Manhattan. Ele diminui um pouco a velocidade a medida que nos aproximamos de um prédio imponente e grandioso. Ele estaciona a moto na frente do prédio e imediatamente um manobrista vem até nós.

Enzo desce da moto e estende a mão para que eu desça também. Contrariada, irritada e muito envergonhada, consigo arrancar meu capacete. Jogo-o no chão, trincando os dentes e encarando o olhar severo de Enzo.

- Vá se foder, seu cretino! - Não sou de falar palavrão, mas esse cara mereceu.

Não espero por uma resposta. Saio pisando firme pela rua, acenando o braço em busca de um táxi.

- Hey, Lisa! - Ouço Enzo gritando. Olho por cima do ombro e o vejo pegando o capacete no chão. - Devia pedir desculpa, esse é meu capacete preferido, sabia?

Nem me viro para ele, apenas mostro o dedo do meio. Não quero nem saber se ele vai achar que sou mal educada. ELE TENTOU ME RAPTAR! Continuo andando em busca de um táxi, mas viro o rosto por cima do ombro e digo:

- Pode ficar você e seu maldito capacete e sua maldita moto! Eu vou pra casa!

- Ah, mas você não vai mesmo! - Ouço seus murmúrios, seguidos por seus passos vindo até mim. - Vens por bem ou por mal, doce Lisa?

- Já disse que vou pra minha casa. Por que você não me deixa em paz?!

Até que enfim um táxi para. Sorrio para o motorista e abro a porta de trás, sorrindo maliciosamente para Enzo enquanto dou um "tchauzinho".

- Você não vai! - Ele anda até mim e, sem pedir autorização, se inclina e pega em minhas coxas, jogando-me por cima do seu ombro. - Pode ir, moço! - Ele fala com o taxista e com uma mão livre tira o dinheiro de sua carteira, entregando para o motorista.

- O QUE VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO? - Grito, me debatendo em seus braços.

Dou uma série de socos em suas costas, o que não fazem efeito nenhum, já que seus músculos parecem serem feitos de pedra.

- Me coloca no chão, seu cretino! - Continuo berrando. - Juro que vou chamar a polícia!

- Chame, sairei da prisão no mesmo momento em que entrar! - Enzo diz, debochado. Então ele me surpreende dando um tapa na minha bunda (que, diga-se de passagem, está muito perto de seu rosto). - Agora pare quietinha.

Arfo em surpresa ao tapa. Que cara abusado! Mas não posso negar que esse contato enviou arrepios de prazer pelo meu corpo. Corpo traidor!

Observo Enzo me levando para dentro do prédio, enquanto os recepcionistas olham para nós sem entender o que está acontecendo. Ergo meu corpo para cima (obrigada pela mobilidade, pole dance!) e falo para eles: