Capítulo 10

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Enquanto caminhamos até a academia que, por sinal, fica dentro do próprio apartamento, meu único pensamento enquanto encaro suas costas largas é “Não faça isso, Lisa

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Enquanto caminhamos até a academia que, por sinal, fica dentro do próprio apartamento, meu único pensamento enquanto encaro suas costas largas é “Não faça isso, Lisa. Não se entregue a ele assim”. Ainda consigo sentir seu toque em minha cintura, me puxando para mais perto. Meneio a cabeça. Esse cara foi de “gato comprometido” a “maluco que me sequestra” e passou para “gostoso pra caramba” em menos de uma noite!

Olho pelas paredes, em busca de qualquer coisa que tire meus olhos das tatuagens de espadas em suas costas musculosas. Ou do poema em seu ombro direito. Ou em cada uma das tatuagens espalhadas por seu corpo de Deus grego. Por que um empresário, tão rico ao ponto de ter sua própria rede de hotéis, tem tantas tatuagens, algumas até nas costas da mão? 

Mordo a língua, me impedindo de perguntar, ao mesmo tempo em que ele abre uma porta, acende a luz e ergue os braços, indicando a academia e dizendo:

- Bom, é aqui.

Entro no cômodo, observando cada detalhe e soltando um pequeno “uau”. É um ambiente bem masculino, todo o chão é forrado com tatame. Em uma parede, há algumas anilhas de vários tamanhos e pesos. Uma esteira fica de frente para a parede de vidro, com um supino ao lado. Uma barra de elevação fixada na outra parede está acompanhada de uma bicicleta ergométrica e mais pesos. Em resumo, há tudo que um viciado em exercício precisa. No centro da sala, um saco de pancadas pende de correntes grossas vindas do teto.

- É uma academia e tanto. - Me adianto até o centro da sala, onde o saco de areia pende solitário.

- Bom, eu comprei esse espaço para mim, então fiz do jeito que preferi e achei melhor. - Ele sorri, orgulhoso.

Ando pelo espaço, apreciando os aparelhos. Quase posso sentir os olhos de Enzo cravados na minha bunda. 

- Você passa muito tempo por aqui? - Pergunto, passando a mão pelas anilhas do supino.

Ele coça a garganta e diz: 

- Venho todos os dias. - Enzo chega perto de mim. - Tenho que manter a forma, no fim das contas. - Ah, esse sorriso.

Sorrio para ele e digo:

- Não vai ser o suficiente pra me derrotar, no fim das contas.

É claro que sei que ele é perfeitamente capaz de me derrubar, mas não consigo parar de desafiá-lo. O brilho que surge em seus olhos é incrivelmente excitante. 

Vou até o meio da sala, coloco as mãos em punhos na frente do corpo e o chamo com os dedos, dizendo:

- Vamos lá, grandão. Ou será que está com medinho?

Enzo olha para trás, fingindo ver se tem alguém e coça a bochecha com o polegar, rindo. 

- Eu? Com medo? - Ri ainda mais alto. - Você que devia estar, linda.

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora