Capítulo 45

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Cheguei da Carter Corp

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Cheguei da Carter Corp. um pouco mais cedo do que o de costume. Não sei o que meu supervisor está pretendendo, mas ele tem sido muito mais gentil comigo desde que meu namoro com Enzo se tornou público (ou seja, desde que saíram aquelas fotos nossas no baile de caridade do Ryan). Até a bruxa da Cassidy tem me tratado bem. Bando de hipócritas!

Deixo minha bolsa num cantinho perto do sofá e vou até a cozinha preparar algum lanche rápido, já que Ellie me disse que o Enzo ainda não chegou. Estou com tanta fome ultimamente. Como um sanduíche de atum, mas o cheiro começa a me deixar enjoada e acabo deixando-o na enorme geladeira duplex. Tiro os sapatos e o terninho do uniforme e subo as escadas.

De repente, percebo um corredor ao qual nunca tinha prestado muita atenção (em minha defesa, esse apartamento é realmente enorme e, quando estou aqui, geralmente estou muito ocupada com Enzo, se é que me entende…). Curiosa, largo meus sapatos e o terninho no meio do corredor e começo a andar por ele. Não é muito longo, há apenas duas portas nele. Abro a primeira: Um banheiro simples. Fecho a porta novamente e caminho até a segunda porta. Estendo a mão para a maçaneta, porém me surpreendo ao constatar que está trancada.

- Que estranho. Será que emperrou? - Comento comigo mesma. Enzo nunca deixa portas trancadas.

Movimento a maçaneta novamente, mas nada. Tento bater na porta, ninguém responde. Franzo o cenho para a madeira. (Mas que merda…?)

- Está perdida, babygirl? - Dou um pulo ao ouvir a voz do Enzo logo atrás de mim. (Droga, por que a voz dele tem que ser tão gostosa?)

- O que tem aí? - Pergunto, mas então, percebendo que soei um tanto grosseira, reparo: - Desculpe, não quis ser intrometida…

- Eu mostro. - Ele pega algumas chaves do casaco e abre a porta, deixando-me entrar.

- Não um daqueles quartos tipo do Christian Grey, né? - Digo, dando um beijinho em seus lábios, mas logo me adiantando para o quarto. - Porque, sinceramente, não vou me submet... - Minha voz se perde em meio ao quarto escuro.

Não, não é uma sala de jogos. É uma sala de revelação de fotografias.

- Meu Deus, amor...

Dou mais dois passos para dentro do cômodo, deixando meus olhos se acostumaram a semipenumbra. Então olho em volta: fotos do Jason, de Anabeth e Matilde, assim como das outras crianças, estão penduradas em um pequeno varal de um lado. Do outro, fotos minhas.

- Quando você tirou essas fotos? - Algumas eu lembro: tiramos no chalé nos Alpes, algumas selfies na piscina, selfies no sofá. Mas em outras eu estou distraída. Lendo um livro, mexendo no celular, dançando sozinha no meio da sala.

- Eu gosto de te observar... - Sinto seu corpo se colando em minhas costas. - Gosto de guardar todos os teus movimentos…

- Por que nunca me contou? - Encosto minha cabeça em seu peito, os olhos ainda rodando pelas fotos.

- Não sei, talvez eu não queria que me achasse um psicopata... - Enzo faz uma massagem em meus ombros.

Dou uma gargalhada.

- Eu já te achava um psicopata desde o dia em que você me raptou. - Rio ainda mais.

- Admita. - Sua voz causa arrepios em minha nuca. - Naquele dia você queria muito que eu te possuísse.

- Queria não. - Brinco, porque é bem óbvio que eu queria. - Você era muito cheio de si, senhor Pérez. Precisava de uma lição. - Fecho os olhos ainda sentindo seu carinho e solto um gemido involuntário. - Deus, a quem estou querendo enganar? Queria você desde que você me derrubou no chão, na primeira vez que nos vimos.

Enzo me vira para si

- É completamente recíproco. - Sorri. - Ver você toda assustada no chão me deu vontade de te comer naquele mesmo elevador.

Reviro os olhos (Não resisto a desafiá-lo).

- Você não teria coragem…

- Querida, não me desafie a ir na Carter Corp amanhã apenas para te possuir... - Ele morde meu pescoço.

Rio, então dou um tapinha no seu peito.

- Não faça isso!

Então algo me ocorre.

- Ei, quando vamos ao orfanato de novo? Estou com saudade das crianças.

- Que tal amanhã? - Enzo beija meus lábios. - Paramos no Mc e levamos uns hambúrgueres para eles.

- Tá bom. Você me busca na Carter e vamos direto, então.

De repente, o enjoo me toma novamente. Faço uma careta e coloco a mão na barriga.

- O que houve? - Enzo pergunta, assustado.

- Não sei... Comi um sanduíche mais cedo, acho que não me fez bem. - Reprimo a ânsia de vômito. - Acho que vou me deitar um pouco.

- Vou fazer-te um chá... - Ele dá um beijinho em minha testa.

- Obrigada, amor.

Me afasto de Enzo, dando uma última olhada para as fotos. Meu coração se aperta um pouco, o medo de relacionamentos querendo invadir minha mente novamente. Mas afasto o pensamento e vou para o quarto de Enzo. Não, nosso quarto. Vou para o nosso quarto.

Rapidamente tiro o restante da roupa e pego a primeira peça de roupa que encontro no closet de Enzo: uma camiseta branca com a logo das Empresas Pérez. Me sentindo exausta, vou para debaixo dos cobertores e acabo caindo em um sono profundo e sem sonhos.

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora