Capítulo 31

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Na sexta-feira, eu estava mais nervosa do que jamais fiquei em toda minha vida

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Na sexta-feira, eu estava mais nervosa do que jamais fiquei em toda minha vida. Eu vou ao meu primeiro baile beneficente, não é o máximo?!

Enzo não pode ir me buscar na Carter hoje, mas não tem problema. Eu disse a ele que não precisava ir me buscar todos os dias, nossa casa fica a poucas quadras da empresa, mas ele fazia questão disso sempre que possível.

Saio do elevador sorrindo feito besta e, quando entro em casa, dou de cara com Ana e mais um monte de pessoas que não conheço.

- Olá, querida. - Cumprimento-a, dando-lhe um abraço.

- Oi, Lisa. Vem, deixa eu te apresentar quem vai cuidar de você hoje. - Ela me puxa pela mão e vai me apresentando a todos da equipe.

Há pelo menos meia dúzia de pessoas aqui. O chefe de todos, Serguei, é um cara magro e alto que deve ser uns dois anos mais velho que eu. Seu cabelo está preso em um coque samurai e os lados de sua cabeça são raspadas. Ele bate as mãos, encerrando a conversa ao seu redor, e diz para mim:

- Vamos, vamos, não há tempo a perder. Seu banho já está preparado no quarto de hóspedes. Suba logo.

Ele me olha de cima a baixo com a sobrancelha levantada. Bato uma continência e subo as escadas rindo, com o braço enroscado no de Ana.

Serguei não estava brincando quando disse que estava pronto para mim. O banheiro está cercado por velas perfumadas e a banheira está cheia de espuma. Ana me deixa sozinha, dizendo-me para relaxar um pouco. A equipe subiria em 15 minutos. Tiro as roupas e entro na banheira, sentindo a água quente relaxando meus músculos à medida que me afundo na banheira. Encontro um sabonete líquido com uma esponja logo ao lado e os uso para lavar-me delicadamente.

Pontualmente quinze minutos depois, uma batida na porta me tira do meu banho relaxante. A massagista entra no cômodo sem se importar com a minha nudez.

- Está relaxada, querida? - A pequena mulher, que deve ter seus 40 anos, pergunta.

- Sim… - Digo, não curtindo muito sua cara sádica.

- Ótimo, porque chegou a hora da tortura. - Ela ri e eu gemo, quando a vejo tirar os equipamentos de depilação da maleta.

- Isso foi ideia do Enzo? - Maldito, vai pagar caro por isso mais tarde.

- Ele pagou pelo pacote completo. Deite-se e aproveite.

Como se fosse possível aproveitar uma depilação, penso, mas evito falar algo a minha torturadora. Depois de tudo estar liso e perfumado, ela sai do quarto. Menos de cinco minutos depois, o batalhão entra.

Vejo as mulheres correndo de um lado para outro como formigas. Em minutos já está tudo preparado e Serguei entra no quarto.

- Muito bem. - Ele estende a mão para mim e eu a seguro, então o homem me faz dar uma voltinha. - Vou começar com seu cabelo, enquanto as meninas fazem suas unhas. Vermelho, para combinar com o vestido.

- Meu vestido será vermelho? - Tento arrancar alguma informação, já que Enzo fez questão de me esconder os detalhes.

Serguei levanta uma sobrancelha e me puxa até me sentar na cadeira em frente a penteadeira, se colocando atrás de mim. Imediatamente duas mulheres se posicionam uma de cada lado do meu corpo, a primeira irá fazer minhas unhas do pé, a segunda as da mão. O cabeleireiro começa a fazer vários experimentos com meus cabelos, colocando-os para cima, para os lados, em vários penteados diferentes, testando tudo o que lhe vem à cabeça.

- Hmm… Não vai ser fácil deixar você apresentável, querida. - Ele pega meu queixo entre os dedos e vira meu rosto de um lado a outro. - Não me leve a mal, você é linda. Mas para ficar ao lado de um Deus grego como Enzo Pérez, é preciso mais do que “linda”. É preciso ser divina.

- Deus grego? - Levanto uma sobrancelha.

- Ah, querida. Não vai fazer ceninha de ciúmes, não é? - Serguei pega um babyliss e começa a fazer cachos em meu cabelo loiro. - Enzo não quer nada comigo. E acredite, não foi por falta de tentativa da minha parte.

Dou uma risada estrondosa.

- Ele é mesmo um cara complicado. - Digo.

- Nem me fale, meu bem. Mas não pode me culpar por tentar. Quero dizer, olha aquele corpo. E aquela voz? - Serguei se abana e eu rio mais ainda.

Por fim, Serguei fez uma meia trança embutida no alto da minha cabeça, que parte da têmpora até alcançar a parte de trás da minha cabeça, o restante dos fios correndo soltos em grandes cachos. Ele me fez uma maquiagem com delineado gatinho, sombra esfumada marrom e dourada e um belo e chamativo batom vermelho vivo. Quando todas nos deixam sozinhos, ele me traz o tão secreto vestido.

- Ah, meu Deus! - Exclamo, assim que Serguei tira o vestido da caixa e do embrulho de papel.

O vestido é divino: vermelho bordô e feito de seda, ele não possui decote, sua gola indo até o pescoço e sem mangas, mas há um fenda lateral que me faz exibir toda a coxa direita. Serguei me traz um sapato e uma bolsa de mão dourados, e me faz colocar um par de brinco de pérolas, que tirou não sei de onde. Um bracelete lindo e reluzente é encaixado no meu braço.

Me olho no espelho, mal me reconhecendo e respiro fundo algumas vezes, para tomar coragem de descer as escadas. Serguei me acalma um pouco com sua presença constante e me incita a ir encontrar com Enzo, que já está pronto, no andar de baixo.

Assim que alcanço o patamar e o vejo, o resto do mundo parece deixar de existir. Claro que ele está lindo, com seu smoking preto perfeitamente cortado sob medida, camiseta branca e uma gravata chumbo, ele é impressionante. Seu porte grande e postura confiante conferem algo à sua imagem que não sei explicar, mas que envia um recado direto ao meu coração (e a outras partes do meu corpo também).

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora