Capítulo 33

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Eu sei, você provavelmente está pensando: "Nossa, Lisa, isso não são modos", ou: "Nossa, Lisa, como você foi fácil com ele"

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Eu sei, você provavelmente está pensando: "Nossa, Lisa, isso não são modos", ou: "Nossa, Lisa, como você foi fácil com ele". Mas quer saber de uma coisa? Eu não me importo.

Realmente não me importo. Estamos juntos há quase um mês e ele já fez mais por mim do que qualquer outro. E não digo só em questões materiais, mas em meu emocional.

Enquanto retoco a maquiagem, olhando Enzo se arrumar por cima do espelho de bolsa, penso em tudo o que ele já me fez amadurecer. Fez eu me enxergar de uma outra forma. Com ele sinto que posso ser eu mesma, sem máscaras, sem jogos de sedução, sem ter que esconder meus traumas, meus medos e anseios.

Então, se você está achando que fomos muito rápidos ou que eu deveria colocar o pé no freio, sinto muito por você, porque isso não vai acontecer. De agora em diante, engatarei a quinta marcha e aproveitarei ao máximo tudo o que esse homem tem a me oferecer.

Enzo repara que eu estou olhando para ele e levanta uma sobrancelha, sorrindo para mim e, logo, começo a ver a multidão de repórteres pela janela. Scott, o motorista, estaciona na calçada, em frente a uma entrada que está cercada por fitas de isolamento e por seguranças.

-Preparada, senhorita Parker? - Enzo pergunta, estendendo a mão para mim.

Pego a mão que Enzo me oferece e assinto. Logo que Scott abre a porta do carro, Enzo sai, me puxando pela mão para ficar ao seu lado. Sou surpreendida por vários flashes que piscam direto em nossa cara.

Impassível, Enzo coloca uma mão na base da minha coluna e fica de cabeça erguida, então tento imitar a posição dele. Levemente, ele me incita a continuar andando.

Somos bombardeados por uma série de perguntas gritadas pelos repórteres, mas Enzo ignora a todos. Tento sorrir o mais docemente que posso, mas estou um pouco acuada.

Logo, chegamos a uma área mais reservada, já dentro do prédio, onde há apenas alguns jornalistas reservados e equipes de filmagem. Enzo nos faz parar para tirar uma foto e responder às perguntas de uma repórter que, pelas minhas contas, deve ter a minha idade.

Enquanto ele responde as perguntas da moça, olho em volta do salão. Ainda não vejo nenhum rosto conhecido, mas sei que logo encontrarei Emily e Ryan.

Antes, porém, uma pergunta que a jornalista faz a Enzo chama a minha atenção. Sem se importar com a minha presença, ela o questiona:

- O senhor não tem medo de estar sendo alvo do velho golpe do baú?

- Não, na verdade eu nem sequer cogitei isso. - Ele responde, olhando para mim e apertando a mão que segura minha cintura.- Nós gostamos um do outro e, no fim das contas, é isso o que importa.

Olho para Enzo um tanto corada por sua resposta. Não esperava por isso. Pelo jeito, a repórter também não, pois ficou muda. Para completar a cena, Enzo me puxa pela cintura e dá um beijo estalado em minha boca. O fotógrafo não perde tempo e posso ouvir os cliques ecoando pelo salão.

Depois disso, Enzo nos encaminha para dentro da recepção. O lugar está tão lindo! Há algumas mesas redondas com toalhas em tom marfim espalhadas pelo salão, com arranjos de flores em cima. Alguns tecidos enfeitam as paredes e uma banda toca um jazz suave ao fundo. Corro os olhos pelo local, surpresa e admirada.

Como previsto, encontro Emily e Ryan um pouco mais adiante, conversando com alguns homens de terno. Não quero interrompê-los, então sigo com Enzo até onde está Gabriel. Este, por sua vez, me elogia fervorosamente. Eu agradeço o elogio, sentindo a mão de Enzo beliscar meu quadril. Com a desculpa de ter que falar com alguns companheiros de negócios, Enzo se afasta, levando-me junto consigo.

- Não está com ciúmes do seu próprio primo, está? - Provoco, baixinho.

- Eu conheço o primo que tenho, Lisa. - Ele respira fundo. - Então sim, eu estou sim.

Dou uma risada e roubo um beijo em sua bochecha. Logo chegamos aos tais "companheiros de negócios", que descobri serem donos de algumas empresas que Enzo quer comprar. Fala sério, o cara negocia empresas como quem está comprando pão. Ele me apresenta a todos que encontra dizendo "Esta é a minha Lisa", e não posso deixar de inflar meu ego com isso.

Alguns homens me olham com desejo, alguns apenas admiração, enquanto as mulheres me fuzilam com os olhos. As mais velhas, porém, são as mais simpáticas. Uma delas me puxa contra si em um abraço e sussurra em meu ouvido:

- Vamos, querida, deixe os homens conversando sobre seus negócios. Vamos tomar alguns drinks.

Dizendo isso, ela me pega pelo braço e me afasta de Enzo. Olho para ele, um pouco acuada, mas logo me recomponho, vendo que a senhora é muito gentil e apenas quer uma companhia.

Nos sentamos em uma mesa mais afastada e começamos a conversar. Ela me disse que se chama Olivia Drummond e que seu marido, Finn, é dono de uma das maiores redes de cinema do país. Fico impressionada quando ela me informa isso, dizendo que já assisti a inúmeros filmes nesses cinemas.

Após mais alguns minutos de conversa, vejo Emily se aproximando, radiante em um vestido amarelo.

- Oi, querida. Você está divina. - Ela me dá um abraço rápido antes de cumprimentar a senhora Drummond, então se senta conosco.

- Olivia estava me contando que seu marido é dono do CineNews, não é demais?! - Digo, animada.

- Ah, sim. É incrível. - Ela responde, então se vira para Olivia. - Ela adora esses cinemas. Se pudesse, iria toda semana.

- Ora, queridas, não seja por isso. Mandarei alguns ingressos a vocês para uma sessão reservada do novo filme do Tom Hardy, que tal?

- Ah, Liv, você faria isso? - Pergunto, segurando-lhe a mão enrugada.

- É claro, querida. - Ela dá batidinhas na minha mão. - Você foi a única a ter paciência para conversar com uma velha como eu. Levem seus namorados junto, é uma ordem.

Rio e abraço desajeitadamente minha mais nova amiga. Ficamos conversando mais um pouco, as três juntas, até que os orador da noite informa que os discursos irão começar.

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora