Capítulo 7

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Assim que Lisa pega o capacete, levo ela até minha moto e sorrio para a mesma, que olha minha preciosidade

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Assim que Lisa pega o capacete, levo ela até minha moto e sorrio para a mesma, que olha minha preciosidade.

- É uma suzuki GHX-R1000. - Digo pegando o capacete de suas mãos e colocando devagar em sua cabeça, atacando o mesmo corretamente.

Sinto ela ficar um pouco tensa enquanto eu coloco o capacete em si mas, mesmo assim, ainda consigo ouvir algo sair de sua boca.

- Ela é linda. - Sorrio com seu comentário e aceno.

- Minha paixão. - Rio e pego sua mão, trazendo para mais perto da moto. - Precisas de ajuda para subir? - Vejo suas mãos segurando bolsa um pouco mais firme, com um pouco de medo, talvez.  

- Senhor Pérez... - Confesso que fiquei um pouco desiludido por ela não dizer meu nome, mas prefiro não forçar a barra. - Eu não faço ideia de como subir nela. - Confessou, com um suspiro.

- Entendo. - Mordo o lábio inferior secretamente e círculo sua cintura com meus braços, pegando em seu corpo sem nenhuma dificuldade, e a deposito em cima da moto. - Pronto, viu? Não é difícil. - Sorrio e subo à sua frente.

Sou surpreendido com suas mãos em torno do meu abdômen, e meus músculos se enrijecem como se instantâneamente. No mesmo momento que isso acontece, suas mãos me soltam.

- Desculpe, eu... Não devia tocá-lo assim. - Pego suas mãos novamente e coloco no mesmo local de antes.

- Se segure, loirinha. - Ligo a moto e saio do estacionamento, numa velocidade razoável. - Para onde é sua casa? - Grito para que ela me ouça, enquanto vou dirigindo para fora do estacionamento do Starlite.

Assim que ela me passa o endereço acelero a moto e seus braços apertam-me. Fiquei vendo se já conhecia seu endereço e franzi o cenho. Ouvi muito sobre aquele bairro, é um bairro criminal e perigoso. Odiei saber que ela mora num lugar assim e isso me deixou ligeiramente tenso.

À medida que vou passando pelas diversas ruas para chegar na sua, vou memorizando o caminho. Nunca se sabe quando poderei vir uma próxima vez.

Depois de um bom tempo andando, chego no seu endereço e fico atento a todo o redor. Trinco o maxilar vendo alguns marginais em algumas portas das casas. Estaciono em frente a sua casa e desligo a moto.

- Chegamos. - Desço da moto e olho bem no fundo de seus olhos verdes.

-Obrigada. - Ver ela me agradecendo enquanto luta contra o fecho do capacete me faz sorrir com suas diversas tentativas. Mordo o lábio, tirando o fecho sem dificuldade alguma.

- Pronto. - Sorrio, tirando o mesmo de sua cabeça e colocando no volante da moto.

Sem avisar, circulo novamente seu corpo com meus braços e tiro-a de cima da moto. Chego ela para perto da moto, fazendo com que fique entre o veículo e o meu corpo.

-Obrigada novamente, senhor Pérez. - Tento não ligar muito para o fato de ela não falar meu nome. (Que merda, estamos tão próximos e mesmo assim ela não consegue falar meu nome.)

A surpresa cresce dentro de mim quando sinto as suas mãos correrem de meus ombros para meus bíceps e sinto os seus dedos flexionando.

- Acho melhor eu entrar agora.

- Eu acho que não. - Olho no fundo de seus olhos e desvio meu olhar para as pessoas na rua. - Você mora nesse fim de mundo por quê? A Carter Corp não te paga bem? - Trinco o maxilar, vendo alguns homens olhando para ela. (Calma, Enzo! Não parta para cima deles, não ainda!)

- O que? - Vejo sua expressão aturdida e a sua tentativa olhar na mesma direção que eu, porém seguro ela, de forma que a impeça de se mover. - A Carter Corp. me paga suficientemente bem, senhor Pérez. - (Merda, é impressão minha ou ela agora foi estritamente profissional?). - Além do mais, se não estivesse satisfeita com meu salário, não seria o senhor que poderia mudar isso, não é? - Reparo no movimento que sua sobrancelha faz, antes de prosseguir. - Com licença, senhor Pérez.

- Não! - Pego seu braço com cuidado e volto a colocar ela onde estava. - Lisa, esse bairro não é para você. - Mordo o lábio. - Esses homens estão a comer-te com os olhos... Imagina... Imagina se tivesses vindo sozinha...

- Senhor Pérez, - Suas tentativas de parecer soar gentil fracassaram. - Moro aqui há cinco anos, nunca houve nada comigo. Eles estão olhando torto porque não conhecem o senhor. - Sinto seu o dedo no meu peito. - Agora, volte para casa. Sua Ana deve estar preocupada. - O tom malicioso de sua voz me faz ficar atordoado.

- Para de me chamar de senhor Pérez, porra! - Digo chateado e volto a olhar para os caras. - Eu não acho que isso seja um lugar seguro para você, Lisa... E outra, o que minha secretária tem haver com eu estar aqui? - Ergo uma sobrancelha, sem entender.

Seus os olhos se arregalam subitamente, acho que por culpa do palavrão.

- Secretária? - Aturdida, balança a cabeça de um lado a outro. - Não sei se estamos falando da mesma pessoa...

Franzi o cenho diante de suas palavra. (Mas que merda?)

- Do que você está falando, Lisa??

- Eu estava lá quando ela ligou para o senhor... Lucy disse que era sua esposa... - Fico confuso com tudo o que sai de sua boca, e a mesma parece igualmente confusa. - Não era?

Não me contenho e solto uma risada.

- A Ana é minha secretária. - (Rio mais ainda, se ela soubesse da idade dela...)

Seu rosto cora e logo seu olhar se baixa. (Droga, Enzo. Porque tinha que rir?)

- Sinto muito, eu pensei que... - Sua voz morre no meio da frase. Acredito que agora ela só queria enfiar sua cabeça em um buraco.

Pego seu queixo e o subo, fazendo nosso olhares se cruzarem.

- Te incomodaria se fossemos algo mais? - Deslizo minha mão de seu queixo até seu pescoço, fazendo um carinho no mesmo.

Sua resposta demora a chegar. Ao invés disso, ela fecha os olhos, sentindo minhas carícias em seu pescoço.

- Eu... Eu não sei... - Abre os olhos e me encara. - Talvez. - Abre um sorriso e enquanto dá de ombros.

- Lisa, acho que vou beijar-te! - Levo meus dedos a seu lábio inferior.

- Enzo, eu... - Sua voz se cessa à medida em que aproximo meu rosto do seu, devagar.

- Shiuu, Lisa. - Coloco o dedo em sua boca e, na hora em que vou beijar seus lábios, um barulho estridente de pneus me acordam do transe. - Que merda é essa?? - Arregalo os olhos.

- MERDA! - Grita, enquanto me empurra com toda força para sairmos de perto da estrada. (Ótimo! Para piorar, nesse bairro acontecem corridas ilegais!)

- Merda digo eu, Lisa! - Digo estupefato. - Eu não deixarei você nessa merda de bairro nem mais um minuto! - Sem me conter pego no capacete e coloco em sua cabeça, prendendo o mesmo e, logo em seguida, pego seu corpo e coloco em cima da moto, mas agora ao invés de eu ir na frente, vou atrás para que ela não tenha oportunidade de fugir.

- ME SOLTA! - Grita. - O que você tá fazendo? - Enquanto ela tenta se debater e descer da moto, eu continuo a prendendo no lugar.

- Fica quieta! - Ligo a moto e saio dali às pressas em direção da minha casa.

Enquanto vou em direção da minha casa, só escuto seus xingamentos, mas por sorte agora ela não tenta muitos movimentos. Se ela já estava com medo no garupa da moto, agora que está na frente está apavorada. A força que ela faz em meus punhos, é a maior prova disso.

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora