Capítulo 29

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- Eu não entendo

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- Eu não entendo. - Enzo me olha com a expressão fechada. - Por que me chamas-te aqui exatamente? Íamos nos ver em casa, de qualquer forma!

Antes que eu possa responder, Felipe nos interrompe, trazendo aqueles pãezinhos deliciosos. Agradeço e, assim que ele sai, levo um a boca, tentando ganhar tempo.

Tentando fazer graça, dou um gemido e digo:

- Hmmm... Está delicioso!

Vendo Enzo sem reação, tomo mais um gole do vinho, para tomar coragem.

- Olha, eu vou entender se você tiver se cansado e quiser que eu saia da sua casa. Por isso te chamei até aqui. Posso voltar para minha casa hoje mesmo e amanhã peço para alguém levar minhas coisas de volta.

Fico ansiosa, esperando por sua reação. Embaixo da mesa, remexo as mãos, inquieta. Meu coração dá pulos e mais pulos.

Diante de mais um silêncio, digo:

- Por favor, diga alguma coisa…

- Porra, Lisa! - Ele franze o cenho. - O que te faz pensar que te quero fora da minha casa? - Enzo me fita, incrédulo. - Eu apenas quero que entenda que eu não sou um brinquedo sexual, Lisa.

Olho para ele, sem entender bem onde ele quer chegar.

- Eu não te vejo como um brinquedo sexual, caramba. Esse é justamente o problema! - Jogo os braços para cima, exasperada. - Você vai acabar me chutando mais cedo ou mais tarde, de qualquer forma. Então, preciso que seja agora, antes que eu me afeiçoe ainda mais à você.

Pronto, é isso, eu disse.

Nervosa, tomo todo o restante do meu vinho de uma vez só.

- Jogar você fora? - Ele altera a voz só um pouco. - Você estava conseguindo descongelar o gelo que se formou no meu coração, mas você, com umas simples palavras, conseguiu gelar ele novamente. - Nega com a cabeça. - E mesmo assim eu olho para você e sei que é você que eu quero em minha vida!

- Não faça isso comigo. Não minta pra mim. - Nego com a cabeça, os olhos cheios de lágrimas.

- Lisa... - Não o olho. - Olha para mim, porra!

Pisco algumas vezes, tentando conter as lágrimas. Então limpo minhas bochechas com as pontas dos dedos e olho para Enzo.

- Achas que eu estou mentindo para você? - Olho em seus olhos. - Eu gosto de você, Lisa. - Ele passa a língua nos lábios. - Mas eu não vou viver em algo que não é recíproco.

Respiro fundo algumas vezes, não podendo acreditar no que acabei de ouvir.

- E-eu... - Fale, Lisa, fale. Fecho os olhos com força, apertando o guardanapo em minhas pernas. - Eu gosto de você, tá legal? Mais do que poderia admitir pra mim mesma. - Abro os olhos e o encaro. - Mas não quero sofrer de novo, Enzo.

- Eu não sou o Eddy! - Ele se aproxima de mim, por cima da mesa. - Vamos tentar algo. Mas algo mais do que apenas ficantes…

- O-o que.. O que você está dizendo?

Ainda estou confusa, não entendo o que está acontecendo comigo.

- Quero mais, Lisa... - Enzo parece tão nervoso quanto eu.

Ah. Meu. Deus.

- Então estamos... Estamos... - Não consigo terminar a frase.

- Namorando... - Ele completa. - Você quer?

- E-eu... - Não consigo completar a frase, minha garganta se aperta, então faço que sim com a cabeça.

Enzo morde o lábio, então olha para os lados e pega minha mão, me levando para os fundos do restaurante.

- Onde você vai? - Pergunto, ansiosa.

-Para o banheiro. - Ele responde.

- Achei que você tinha dito que não era um brinquedo sexual. - Rio, lutando para alcançar seus passos.

Logo alcançamos a porta do banheiro do restaurante e Enzo irrompe para dentro, me puxando e fechando a porta. Ele me prensa contra a porta e beija meus lábios com desespero. Minhas mãos voam para sua camiseta, desabotoando-a. Assim que revelo sua pele, passo a beijar seu pescoço, descendo por todo o seu corpo, sentindo seus músculos se contraírem e seus dedos agarrarem meus cabelos.

- É o seguinte, nesse momento o que eu sei é que você é minha namorada, então estou pouco me fodendo para o que disse minutos antes! - Ele coloca uma mão no meu pescoço e me beija novamente.

Solto um gemido, arranhando seu abdômen e descendo a mão até alcançar sua ereção. Enzo passa a beijar meu pescoço e sua mão direita desce para minhas coxas, então sobe, levantando minha saia e encontrando o fundo da minha calcinha. Ele já conhece meu corpo e sabe exatamente o que fazer comigo. Enzo coloca o tecido para o lado e usa um dedo para me penetrar. Meus gemidos ficam cada vez mais altos.

- Diga que você é minha, Lisa. - Enfia mais um dedo dentro de mim. - Fala, Lisa!

Minha voz não é mais que um murmúrio quando eu digo:

- Sou sua, Enzo. Toda sua.

Ele rosna, tirando os dedos de mim, e então faz algo que eu não esperava: suas mãos voam para minhas coxas e ele sobe minha saia, depois simplesmente rasga minha calcinha de renda. Enzo me puxa pelos quadris, sua ereção roçando contra minha barriga, e me coloca sentada sobre a pia do pequeno banheiro, abrindo minhas pernas com as mãos e, se agachando a minha frente, lambendo minha feminilidade. Em poucos minutos eu chego a um clímax poderoso.

Enzo não dá tempo para que eu me recupere. Ele se eleva e desabotoa meu terninho e minha blusa de seda, expondo meu sutiã, então abre as próprias calças e se posiciona em mim. Diferente de suas estocadas poderosas e profundas, suas mãos são doces e gentis, acariciando meus cabelos, meu rosto e meus seios. Ele murmura coisas que para mim são incompreensíveis, dada a nuvem de prazer que se instaurou em meus sentidos. Enzo continua investindo contra mim e eu envolvo minhas pernas em seu quadril. Quando ele abaixa a cabeça e mordisca meus seios, um após o outro, é o fim. Enterro minha cabeça em seu ombro e o mordo com força, tentando não gritar devido a mais um orgasmo. Ele se contrai, sentindo meu prazer, e goza junto comigo.

Ficamos assim, grudados um ao outro, no banheiro do Felipe, até que nos recompuséssemos o suficiente. Quando isso enfim aconteceu, olho para Enzo através dos cílios semicerrados e questiono:

- Mas você também é meu, certo?

Is it love? Lisa Parker [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora