Capítulo 31 - Ela não é minha namorada

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Adam

Ao acordar no hospital Saint August, a primeira coisa que fez foi chamá-la.

— Lena. — Chamou Adam, um pouco grogue. Os medicamentos, que eram inseridos através de um soro, fazendo efeito.

— Meu amor... Você acordou! — A mãe, Louise Craig, levantou do sofá e correu ao encontro do filho debilitado.

— Cadê ela? Cadê a Lena? — Continuou Adam, a máscara hospitalar tapando-lhe o nariz e a boca (fazendo com que a voz saísse abafada).

— Ela está bem. — Respondeu Louise, impedindo com que o filho se levantasse da cama.

— Mas... — Adam começara a protestar... Em vão.

— Ela está viva. E se você quiser continuar vivo também, para encontrá-la, precisa continuar aqui. Seguindo direitinho o tratamento. — Ordenou a progenitora, interrompendo-o ao pé da cama. Esticando o braço e apertando um dos vários botões na parede. Um botão amarelo.

Após o ato, o médico, junto de uma enfermeira, chegou em instantes. O clínico geral fez várias perguntas. No início, começou com dúvidas simples — das quais, Adam poderia responder apenas balançando a cabeça; em sinal de sim ou não. "Está bem?", "Está com muitas dores?", "Os remédios estão fazendo efeito?" ...

Minutos após mostrar o quão forte estava, as questões se complicaram. E Adam teve de respondê-las usando a boca — com frases completas. "Onde dói?", "De 0 a 10, qual o nível das dores?", "Quantos dedos têm em minha mão esquerda?" ...

Depois de mostrar serviço, o médico, chamado Arthur Mackdoyle, abriu espaço para perguntas. E sem esperar duas vezes, Adam disparou:

— Como está Lena?

— Bom, hum... — Disse Arthur, abotoando o jaleco. —..., não posso dizer muito sobre outros pacientes. Mas o que posso informar é que a sua namorada está se recuperando bem.

— Ela não é minha na...

— Viu? Eu te disse que ela estava bem. — Falou Louise, interrompendo o filho outra vez.

Antes que pudesse perguntar como haviam sobrevivido, ou quando poderia vê-la, Arthur Mackdoyle aproximou-se da cama de Adam. Agora em sua mão esquerda havia uma agulha. Uma agulha que fora injetada no soro, manipulando o líquido medicinal. O médico estava aumentando a dosagem.

— Ele ainda precisa dormir mais um pouco. — Disse Arthur para Louise, como se Adam não estivesse ouvindo nada.

Adam tentou queixar-se, mas a cabeça latejava e ele mal conseguiu sentar-se na cama. O medicamento parecia estar jazendo mais efeito do que ele gostaria, percorrendo por seu corpo tonificado, através das correntes sanguíneas. Os olhos de Adam fraquejaram. Estava caindo pouco a pouco no sono. E antes que pudesse entregar-se ao sonho, ele viu.

Viu o quão branco o seu quarto era. Viu o quão grande o seu quarto era. Era uma suíte individual... Com certeza a melhor suíte do hospital. Sua mãe não havia poupado despesas. E então ele pensou se Lena estaria num quarto bom como o seu.

E antes que os seus olhos verdes esmeralda cedessem, percebeu (ao olhar o seu reflexo numa mesinha de cabeceira metálica) que a testa estava enfaixada.

E lembrou, raivosamente, que uma panela inox fora culpada por estar parecendo uma múmia.

Uma múmia sexy.

Ele riu da piada — adormecendo logo em seguida. A Sra. Craig achando que o filho enlouquecera.

Naquela tarde, quatro horas antes de acordar novamente, ele sonhou. Sonhou com ela. Lena Gellar. E fora agradável. Depois de muito tempo, o garoto cético voltara a sonhar.

Milagres realmente acontecem. 

A  Série Stay With Me: In Love (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora