Senju Tobirama

Capítulo 3

•••

Uns instantes depois, Saori ainda se desculpa com Hashirama por conta de seu comportamento. Ela sabia que o Hokage tinha um irmão, mas não tinha ciência que seria alguém tão diferente dele.

— Porque? Hein? Ele é albino! — ela já estava sem paciência.

— Saori, pelo amor de Deus! Não me faz passar mais vergonha...

Mito virou-se para o noivo, pedindo uma desculpa contida. A irmã era impulsiva, ela sabia lidar com Saori. No entanto, Hashirama ainda não conhecia todos os lados daquele furacão de cabelos vermelhos.

— Nao, tudo bem. Eu devia ter falado mais sobre Tobirama para vocês duas. O problema é que ele é contido, na dele. — o sorriso complacente do noivo não amenizou a chateação que Mito sentia no momento. De forma Alguma ela entendia o porque de Saori sempre se comportar como um animal selvagem, não tinha motivos. — E, Saori. Somos sim um tantinho assim diferente. — fez um sinal fofo com o dedo indicar e o polegar, medindo o tamanho da diferença. — Está tudo bem, você pode ir para o quarto, tomar banho, esfriar a cabeça, pode deixar que eu acalmo sua irma.

O moreno tocou a mão de Mito, entrelaçou os dedos grandes à mão minúscula da noiva e a puxou contra o peito. Enquanto abraçava a ruiva, fez um movimento com as mãos para que Saori fosse e deixasse que ele cuidaria de tudo.

E Saori, não sendo nenhum pouco burra, pisou devagar, subindo degrau por degrau daquela escada cuidadosamente. 

Chegando no topo, disparou pelo corredor já conhecido, chegou ao fim, entrou no quarto e o trancou.

De coração apertado, as mãos tremendo em um nervosismo até então desconhecido, Saori levou as palmas ao rosto, tirando as finas mechas de cabelo do rosto. Ainda desnorteada com o acontecimento recente, ela escora na porta e desliza até o chão. Já com os joelhos abraçados, ela deixa as lágrimas descerem.

A aflição tomava conta de seus pensamentos, não conseguia distinguir o havia feito de tão errado. Tinha apenas agido por puro instinto, não tinha conhecimento sobre ter mais alguém naquela casa, não sabia aparência e muito menos as diferenças entre os irmãos, então porque? Porquê sua irmã havia ficado tão chateada consigo?

— Que merda. — cuspiu as palavras ao perceber que chorava como criança. E, Saori odiava ser comprada a crianças, aquilo lhe tirava do sério de uma forma inexplicável.

— Você chora como uma fracassada

Saori sentiu vontade de rir.

— Dessa vez, você tem razão. — respondeu mentalmente.

— Era de se esperar, humanos como você, são fracos e inúteis.

— Até posso está em um estado deplorável, fraco e um pouco inútil, mas você ultrapassa isso. Está presa, não pode fazer nada, indubitavelmente inútil, igual à mim.

Dessa vez, não segurou a vontade de sorrir. Aproveitando o riso, Saori levantou-se do chão, caminhou até a cama e se jogou nela de braços abertos.

— Isso não te faz menos inútil, se eu estivesse solto e livre igual a você, tenho certeza que não estaria chorando e me lamentando porque recebi um sermão.