capítulo 17

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Vejo seus olhos se encherem de lágrimas então eu me pronuncio.

- você acha que não é doloroso pra mim também , toda noite eu espero ele pensando que tudo não passou de um pesadelo , mas ele não volta , o senhor como irmão dele deveria saber que a minha dor não e inferior a sua , você tem alguem a se apoiar e te ajudar a superar , mas eu não tenho ninguém!!

Falo e puxo o meu braço bruscamente , ele limpa as lágrimas que incistem em cair de seu rosto ate molhar a sua camisa social azul .

- como assim não tem a quem se apoiar, você tem o jhon , a mim a sua mãe , você tem a nós.

- não estou falando nesse sentido, eu estou falando que você tem o Jhonatan , ele te ama e você o ama  , e eu tenho medo , medo de me aproximar de alguém, medo do toque , medo não saber mas quem sou eu mesma, eu fui egoísta sempre fui .

Lágrimas escorrem pelo meu rosto molhando o casaco azul de leggings, meu tio me envolve em seus braços acaricia a minha cabeça , tentando me fazer ficar calma .

- calma querida você vai sim achar alguém que te ame , mas precisa confiar em alguém primeiro.

- como eu posso confia , se eu não consigo nem ao menos falar com alguém , a Jasmine tem razão eu sou uma bastarda , idiota que só está naquele colégio por sorte , eu mereço tudo que ela faz comigo eu mereço por eu ser egoísta.

- para com isso agora , você não merece nem um fio do sofrimento que sofre naquele maldito colégio , você cada dia mais se esforçar para deixa eu e a sua mãe orgulhosos você mesma não entende que sendo quem você é já nos deixa orgulhosos , e não fale que você é egoísta por que você pensa mais nos outros ao seu redor do que em você mesma , e eu tenho nojo de mim mesmo pro não ter sido capaz de te proteger naquela noite e eu nunca vou me perdoa por isso .

- você não teve culpa nenhuma , eu tô cansada cansada de todos ao meu redor tentado me fazer sentir melhor mas ninguém vê que eu nunca vou me sentir melhor , eu só queria poder uma vez dar um sorriso sincero e sentir alegria de verdade mais sei que isso não vai acontecer porque todos ao meu redor morrem e me deixam eu tô cansada de sempre que me aproximo de alguém outra pessoa vai em bora , eu sempre quero resolver tudo sozinha por que não quero que ninguém se machuque mas a verdade que eu não quero admitir e que sim, eu preciso de ajuda .

Quando termino de fala eu desabo no chão em lágrimas e meu tio se junta ao meu lado tentando me acalmar.

- então nos deixe te ajudar minha princesa !

- não.

Falo tentando me afastar mas ele me prende mais ainda a seu peito .

- pelo menos deixe eu te consolar um pouco minha querida .

Ficamos ali abraçados até que nós dois paramos de chora então eu me levanto e meu tio junto a mim .

- você vai a cachoeira?

- vou , preciso ir .

- tudo bem , se cuida e bom eu te espero mês que vem né .

- sim pode deixa , que eu virei.

Dou um beijo em sua bochecha e começo a sair de perto , então ele me pega levemente pelo braço .

- lembre-se deixem se aproximarem de você primeiro.

Confirmo com a cabeça e saio em direção a cachoeira, o vento frio me fazia tremer , chego mais perto e finalmente posso escutar o barulho relaxante da água que batia nas pedras , ao chegar na beira da cachoeira finalmente tinha estava no meu lugar de paz .

Me sentei no chão, apenas comecei a pensar em tudo , eu não cansava de me torturar com tudo , e aos pouco ia me matando , me levanto e começo a tirar a roupa .

Já nua caminho até a água , ao encostar na água senti um calafrio percorrer minha espinha e uma forte onde de nostalgia tomou conta de mim , continuei avançando até que as águas batessem em minha cintura , então mergulhei e me senti viva .

Quando eu era pequena eu costumava vir aqui todo final de mês com o meu pai , aqui era o nosso canto de paz , onde nós fugíamos do mundo exterior e quando chegavamos aqui , só existia eu e ele , esse era o nosso momento de pai e filha , eu me divertia muito , e sempre que chegava a hora de ir em bora eu mal podia esperar para voltar de novo , e desde a morte dele ainda não me canso de vir aqui , ainda não me canso de me torturar pensando que a algum momento ele vai estar a beira da cachoeira me esperando para recitar seus belos poemas .

Ainda me lembro quando estávamos nadando e ele falou que aqui era onde a alma dele repousaria quando ele morresse , por  isso ainda venho aqui , por mas que seja difícil, eu venho para me sentir viva pelo menos uma vez .

O tempo se passou enquanto nadava e o frio foi tomando conta do meu corpo , até que decidi sair , assim que estou que boto os pés nas pequenas pedrinhas da beira da cachoeira sinto um forte vento então logo me envolvo com os meus braços tentando fugir  desse vento gelado , começo a bota a roupa e assim que termino dou uma longa olhada na linda lua que ainda reinava no ceu sombrio .

Começo a caminhar e assim que passo pela casa do meu tio vejo as luzes apagadas , ele estava bem cansado pela viagem , não seria capaz de incomodá-lo a essa hora , começo a corre sobre a trilha e assim voltando para casa , corro rápido pois a caminhada seria longa é mais ou menos dois quilómetros da minha casa a dele , o vento forte impedia de cair qualquer gota de suor do meu rosto , então foi aí que pensei no que meu tio perguntou " você voltou a fumar ?"

Para me acalmar desde que meu pai morreu comecei a fumar mas a cada dia isso agravava mais ainda a minha asma então eu parei , estava tendo ataques tão fortes que pensava seriamente esse seria o meu fim , e sempre de  um lado era tranquilizador e de outro aterrorizante...

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Olá meus lindos , eu espero muito mesmo que estejam gostando da história , realmente tenho demorado muito com os capítulos , mais muito obrigada pelo apoio que me dão , ates de sair do capítulo não se esqueçam da estrelinha e do seu comentário, quero saber se tem dúvidas ou dicas , então até a próxima , bjs 😍♥️😘

O Diretor ProvocanteOnde histórias criam vida. Descubra agora