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Hora da angústia. Perdão por qualquer erro de digitação e boa leitura!

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Acordei me sentindo meio estragada.

E vomitei logo em seguida. Tive sorte da força do refluxo ter me lançado para o lado, mesmo que eu quase tivesse caído da rede, ou senão eu teria engasgado com meu próprio vômito. O pássaro que me despertou voou assustado para longe.

Cada fibra do meu ser protestou quando me levantei, oscilando sobre as pernas e estralando os dois joelhos ao desviar da poça transparente e nojenta que formei em baixo de mim. Iuri estava na rede ao lado, roupas trocadas e cabelo molhado, apenas meio lúcido enquanto murmurava sobre ter sido trancado no próprio quarto, na própria casa. Ao longe, o sol resplandecia sobre a grama verde. Parecia uma linda manhã de merda.

Gemi miseravelmente, tentando me lembrar de como a festa na Elite veio parar no sítio de Iuri.

— Olha quem está viva — a risada de Eva veio de repente e bem disposta demais.

Eu apenas gemi de novo, me apoiando na parede gelada mais próxima.

— Ou nem tanto — ela suspirou, bem humorada, e suas mãozinhas puxaram meu braço por sobre seu pescoço delicado. — Vic, tem outro vômito aqui fora!

Inferno! — A resposta irritada veio lá de dentro.

Eva conseguiu ir ao banheiro do andar de cima sem quebrar a quebrar a coluna comigo – o dobro de seu tamanho – no cangote. Eu parei de tentar formar frases coerentes quando minha cabeça latejou como uma caixa de som e entrei sem reclamar na água gelada do chuveiro que Eva abriu para mim, saindo para me dar privacidade – definitivamente não lidara com amigos bêbados ou de ressaca em toda sua vida. Minha mente clareou com o banho, mesmo que fosse um desafio me lavar sem cair e rachar a crânio, e fazer um coque – que parecia mais um grande nó – para não molhar o cabelo.

Quando Eva voltou, eu tinha sentado no chão do chuveiro. Seus olhos se arregalaram no meio do caminho, as mãos agarrando as mudas de roupa com força como se para não deixá-las cair.

— Você faz ideia de quantas pessoas tomaram banho e vomitaram aí dentro só essa manhã?

Oh, Deus.

— Não estou encostando — apontei para onde minhas pernas se dobraram debaixo de mim enquanto levantava. —, mas não e nem quero, obrigada. — Esfreguei minhas canelas com força antes de fechar o chuveiro e me secar rigidamente com a toalha limpa que Eva me passou ao se sentar na tampa do vaso sanitário.

— Sandro quer falar com você.

Foi um desafio novamente não escorregar e rachar o crânio enquanto eu mascarava a expectativa em meu rosto e disfarçava o salto do meu coração – até para mim mesma.

— Hm?

— Aconteceu algo entre vocês? — Perguntou direta, parecendo curiosa e... como se temesse a resposta.

Eu suspirei, me enrolando na toalha e saindo do box.

— Nós dormimos juntos. Uma vez. Semana passada, quando eu chamei ele na festa, lembra?

Eva assentiu, pensativa. Por um segundo amargo, me perguntei se ela gostava dele.

— O que... — Pigarreei. — O que ele quer?

— O que você quer?

Ergui as sobrancelhas. — Como assim?

— Natália, o que você quer?

VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora