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enquanto eu tava escrevendo esse capítulo percebi que a linha do tempo que eu sigo é meio estranha, tipo fora de ordem. Espero que isso não atrapalhe vocês porque eu só sigo o fluxo.

Um pouco de preenchimento pra não ficar mais séculos sem postar nada. Não acho que precise de nenhum aviso de conteúdo aqui, Natália sendo melancólica, mas qualquer coisa me falem.

Perdão por qualquer erro de ortografia e boa leitura!

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— Então, eu e Lótus estamos juntos. — Eva brincava com o canudo de seu suco de cupuaçu com leite, corada diante da minha atenção e de Levi. — E chamei vocês aqui porque queria que fossem os primeiros a saber.

Soprei a fumaça do cigarro para o lado ao tirá-lo da boca, sobrancelhas erguidas. Era provavelmente a primeira reação que eu exibira durante todo o pequeno passeio na cidade para o qual Eva havia me chamado quando voltei para a chácara depois do almoço naquela sexta, alegando precisar da minha opinião nas compras que faria para seus amigos e alguns professores da faculdade de Artes – o que eu achava que era apenas uma desculpa para me tirar da chácara que, na verdade, eu estava aliviada em acatar.

— Vocês literalmente se beijaram há três dias. — Minha voz estava rouca pela falta de uso e todo o cigarro.

Eva me olhou confusa. — Como você sabe?

— É óbvio. E eu ouvi vocês chegarem.

— E por que você está me contando por primeiro, se eu sou a última pessoa que iria querer saber uma coisa dessas? — Levi, indignado, até tirou os óculos hexagonais enormes de lentes amarelas que Victória tinha colocado em minha mala e eu nunca usara. Ele era o único dos trigêmeos que conseguia reduzir sua beleza principesca para algo cômico – Levi ficara parecendo um inseto.

Justamente por isso. — Eva suspirou para ele. — Sei que você desconfiava dos meus sentimentos há muito tempo e que sempre tentou me alertar porque se preocupa comigo, mas eu não sou mais apenas uma criancinha apaixonada. Sei me cuidar. Eu te amo muito, Levi, e sua aprovação é muito importante para mim.

— Isso é golpe baixo. — Ele cruzou os braços, apoiando as costas na cadeira com uma careta. Eu assenti em concordância, balançando o cigarro para as cinzas caírem no chão. — Eu também te amo, mas você merece muito mais do que ele.

Eva encolheu os ombros. — Ele é tudo o que eu sempre quis.

— Faz literalmente três dias que vocês se beijaram. — Eu repeti, ainda não tendo engolido essa parte e toda a rapidez da situação. — Estamos no século 21, vocês não precisam se casar às pressas nem nada.

— Mas você mesma estava me dizendo para não sair com André por causa de Lótus. — Eva rebateu, nos olhando com descrença. — Eu esperava uma reação tão diferente de vocês! Não podem pelo menos ficarem felizes por mim?

— Eu estou feliz. — E eu estava, apesar de toda a minha feição apática e entediada. Eu só não estava com muita força para sorrir. — Mas que foi rápido, foi. Vocês literalmente...

Sim, nós nos beijamos há pouco tempo! — Ela rolou os olhos, irritada. — Não vemos por que esperar, já nos conhecemos desde que nascemos. Nós estivemos nos rondando durante muito tempo, apesar de todas as pessoas com quem ficamos.

VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora