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Uma pequena menção à overdose e alcoolismo por aqui. E acho que o capítulo ficou meio pequeno porque tive que dividir o conteúdo.

Perdão por qualquer erro de digitação (eu revisei isso muito rápido) e boa leitura!

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—  Como era o carro?

— Uma camionete vermelha meio acabada e suja.

— Você lembra da placa?

— Pra que eu ia memorizar a placa? Não é como se pudéssemos ir na polícia denunciar.

— Ai. — Levi murmurou ao fundo.

Sandro ergueu a cabeça do celular para me olhar com tédio. — Mas eu poderia identificar de quem é o carro.

— Eu só estava pensando em sair da vista dele. — Empurrei seu queixo com um de meus pés que estavam em seu colo. — É sério que você tá mexendo no celular enquanto eu falo que fui seguida ontem a noite até em casa?

Sandro suspirou, bloqueado a tela do aparelho e girando-o entre as mãos.

— Não é o que você está pensando.

— Como assim não é o que eu estou pensando? — Franzi o cenho, me sentando onde estava deitada ocupando quase metade do sofá.

Ele me fitou por um longo segundo, os olhos de um castanho brilhante na luz da manhã que inundava a sala de TV por causa das cortinas totalmente abertas e a pele se repuxando sobre os ossos do rosto como porcelana.

— Eu só falei com uma pessoa confiável para ficar de olho em você.

— Você o que?

Sandro pigarreou e olhou por sobre o ombro para Levi, que digitava algo no celular inocentemente.

— Cara, dá o fora.

— Mas eu nem estou prestando atenção!

Agora.

Levi se levantou bufando. Sandro ignorou meu olhar e ficou passando a língua sobre os dentes até que os passos do gêmeo mais velho não puderam ser mais ouvidos.

— Então?

— Quando você falou que Flores estava te esperando na porta do seu apartamento por causa de Rubi, eu falei com alguém de confiança entre eles para te vigiar.

Estreitei os olhos, vagamente lembrando de ele ter feito uma ligação em minha frente e falando algo sobre "proteção". Eu também lembrava de estar mais focada em seus lábios do que em qualquer outra coisa, além de que ainda estávamos brigados.

— Isso soa como fazer um acordo com o diabo para manter os demônios longe.

Sandro meneou com a cabeça em consideração. — Tipo isso.

Eu ri, azeda. — Deixa eu repetir: isso soa inútil pra caralho. Eu não quero nenhum criminoso me seguindo e como você pode confiar em um deles depois de tudo o que fizeram com você?

VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora