Sexo explícito na primeira parte porque eu me empolguei demais e acho que esse é o único aviso por hoje. Perdão por qualquer erro de ortografia e boa leitura!
✹✹✹
A madrugada sempre era mais escura do que no início da noite, preto versus azul profundo. Eu encarava o céu com uma carranca, mal tendo percebido a lenta mudança de cores depois de horas naquela sacada, indignada por ser impossível ver as estrelas ali com toda a neblina, as luzes da capital e a poluição envolvendo a cidade como um cobertor grosso.
Ouvi quando a porta dentro do cômodo foi aberta e fechada, passos atravessando o quarto até onde eu estava.
— Espero que você não se importe que eu tenha fumado um pouco — falei antes que Sandro pudesse dizer qualquer coisa, minha voz quase um grunhido por toda a nicotina. —, porque eu não.
Sua risada baixa ondulou até mim. — Nada melhor do que dormir com seu cheiro por perto.
— Cheira a incêndio aqui.
Eu tinha reduzido significantemente a quantidade de cigarros durante a semana, mas me permiti fumar tudo o que negligenciara depois daquele jantar. Sandro não pareceu se incomodar com o cheiro acre do fumo, vindo se espremer ao meu lado na rede de palha.
— Você é um incêndio. Fogo na minha virilha.
Bufei. — Fogo no meu lombo, coceira na minha virilha. E Esquadrão Suicida, sério? Você é pior do que eu em romances.
— Eu não estava tentando ser romântico, estava tentando te levar para a cama.
— Você também é péssimo com flerte. Sorte a sua que eu tenho atitude.
— Hmm. — Sandro beijou meu ombro, sua respiração fazendo cócegas na minha clavícula. — Por que você não está tomando atitude agora, então?
Voltei a olhar para o céu com um suspiro que quase soou melancólico. A lua estava amarela e feia entre as nuvens que mais pareciam fumaça do que qualquer outra coisa. Joguei a última bituca de cigarro no chão perto das outras e pisei nela para apagar a faísca laranja brilhante. Eu me preocuparia em salvar o mundo caso ele já não estivesse perdido.
— Tão ruim assim? — A voz de Sandro estava mais macia ao tornar a falar.
— O seu flerte?
— O jantar.
Encolhi os ombros. Era claro que ele iria perguntar, já que essa era a primeira vez que estávamos conversando depois que eu entrei no seu carro ao sair do restaurante.
Eu tinha ficado em completo silêncio durante todo o caminho, esperando que a chuva de informações que havia caído sobre mim secasse. Sandro fizera uma parada para comprar pizza, lembrando de minhas mensagens sobre entupir as veias, mas eu não estava com nenhuma fome e subi direto para o seu quarto assim que chegamos, passando reto pela cozinha onde todos estavam. Nenhum deles me seguira – ainda bem.
Minha garganta queimou ao dizer: — Não quero falar sobre isso.
Eu me sentia um quarto entulhado, acumulando lixo. Precisava fazer uma faxina urgentemente.
Sandro viu a incerteza no meu rosto, mas perguntou:
— Não mesmo?
Mexi a cabeça em negação. Eu queria, mas estava sem energia para isso naquele momento e era tudo muito recente e eu precisava pensar. Tinha que desligar a mente e deixá-la recarregar. O que me lembrou...
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VINGANÇA
Roman d'amourAo ser traída pelo namorado e melhor amiga ao mesmo tempo, Natália escolhe se vingar. Mas ela não quer apenas devolver na mesma moeda, ela quer fazer pior: Natália vai para a cama com o pior inimigo do ex-namorado e a maior paixão da melhor amiga. S...