Capítulo pequeno hoje porque meus punhos estão doloridos, mas eu tinha que escrever mesmo assim então encurtei o quanto pude. Aviso de conteúdo hoje é uso de drogas sem consentimento.
Perdão por qualquer erro de ortografia e boa leitura!
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A última Elite seria no mesmo local que havia sido a primeira em que eu fora sozinha. Minhas mãos suavam quando o Uber parou em frente à casa noturna e estremeci quando um tipo de frio diferente daquele de fora do carro se instalou entre minhas costelas.
Eva veio até mim depois de sair pela porta que dava para a rua, o que me deu uma desculpa para olhar ao redor. Localizei uma patrulha em frente ao beco onde ficava a escada de emergência e um feixe de luz indicava uma saída de funcionários também. O policial lá dentro abaixou o vidro para me encarar e eu não desviei o olhar.
— Sandro está vindo. — A voz de Eva recuperou minha atenção. — Não quer nos deixar sozinha nem por um segundo.
— Não estamos sozinhas.
—Sabe, isso não soa tão reconfortante quanto você pode achar. Não culpo Sandro por estar tão protetor. — Falou mais baixo a cada palavra. — Você não está com medo?
— Estou sim. — Admiti, puxando-a pelos ombros para mais perto para tentar consolá-la um pouco e descongelar meus ossos. — Eles desconfiaram de alguma coisa?
— Não. E estão todos lá, como Sandro disse.
— Bom. — Afastei meu pescoço para fitar a lateral de seu rosto franzido em receio. — Não vou deixar que nada aconteça com você.
— Não se preocupe comigo, ok? Também estou com medo por sua irmã. É um plano meio tosco e perigoso.
— É perspicaz. E não tem como não ser perigoso. Enila despistou os homens de Cobra por anos e teria colocado ele na prisão se ainda estivesse vivo, Fantasma não deve ser menos previsível do que o pai. Além disso, acredito nela quando diz que tanto poder os deixa descuidados. Enila vai cumprir o lado dela. — Garanti. — E quanto a Barba Ruiva?
Eu não podia afastar a sensação estranha por Eva saber mais sobre mim do que Sandro naquele momento, mesmo que fosse mais pela situação atual do que confiança voluntária. Além disso, ele sabia de uma parte que ela não fazia ideia, então estavam quites.
— A história de você e sua irmã é muito intensa. — Respirou fundo, cutucando as unhas com os próprios dedos da mão pendurada em minha cintura e se desvencilhando de mim ao pararmos na entrada. Ela acenou para o segurança do tamanho da porta com a cabeça, cordial, e ele fez o mesmo. A voz de Eva estava ainda mais baixa quando prosseguiu: — Ele ficou bem surpreso quando pedi para nos encontrarmos e também me deixou surpresa quando não hesitou em concordar. — Suas sobrancelhas delicadas se uniram. — Não sei se confio nele.
— Mas você confia em Ezequiel. — Apontei, tentando resgatar a empatia pelo homem com que se relacionou e não ao criminoso.
— É diferente, mas acho que sim. O que tivemos foi sincero, mesmo com todas as omissões.
— Ele vai cumprir o lado dele. — Eu também não tinha dúvidas disso. Não quando ele já ajudava Sandro como podia depois de saber o que Rubi fez com Eva.
Aparentemente, Fantasma queria uma despedida merecida pelos anos que Sandro devotou à ele. Disse que estaria acompanhado daqueles que mais confiava – Barba Ruiva e Rubi – e queria o mesmo círculo íntimo de Sandro, especificando a minha pessoa quando Sandro me deixou de fora ao falar que os Trindade e Eva estariam lá como sempre.
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VINGANÇA
RomansaAo ser traída pelo namorado e melhor amiga ao mesmo tempo, Natália escolhe se vingar. Mas ela não quer apenas devolver na mesma moeda, ela quer fazer pior: Natália vai para a cama com o pior inimigo do ex-namorado e a maior paixão da melhor amiga. S...