Recado no final, perdão por qualquer erro de digitação e boa leitura!
✹✹✹
— Por que?
Soprei a fumaça para fora da janela do meu quarto. Eu não costumava fumar ali, mas Victória vinha reclamando muito e acendendo incensos pelo apartamento inteiro em retaliação, então eu resolvi dar uma trégua. A vista era uma merda, mas pelo menos o motor quente do ar-condicionado do vizinho aplacava a friagem da cidade cinzenta, apesar do barulho infernal.
— Porque eu já tinha resolvido desacumular algumas coisas da faculdade hoje e eu tenho compromisso mais tarde.
— Compromissos mais tarde? Que furada.
Franzi o cenho. — Isso foi Levi?
— Sim, está no viva-voz. Estou varrendo o estúdio e ele está admirando você na pintura. — Eva suspirou do outro lado da linha. — Não estou invalidando seu compromisso, mas tem certeza que não foi por causa de ontem?
— Ontem? Como assim? — Me fiz de sonsa. E encarei confusa Oscar quando ele subiu no peitoril da janela, me olhando torto.
— Sei lá, Sandro voltou para casa todo ranzinza.
— Não sei como isso tem haver comigo, mas apesar do meu compromisso realmente ser uma completa merda inválida, não é furada.
O gato rastreou meu cigarro com as pupilas estreitas como se fosse uma coisa de outro mundo quando traguei mais uma vez. Ergui uma sobrancelha quando ele ergueu uma pata e a abaixou em seguida, calculista.
— Vai ser tão chato sem você aqui.
— Não vai, não. Eu já falei com a Vic, espero que esteja tudo bem o pessoal ainda ir.
— Ah, sério? — O tom de Eva se reanimou. — Tipo, Pascoal e Iuri também?
— E Brenda e a namorada de Victória. Brenda vai amar os trigêmeos, cuidado. — De repente, Oscar deu uma tapa forte no final do cigarro, as orelhas para trás enquanto observava a queda da bituca pela janela. Olhei para ele com horror. — Eu não te criei assim.
— Quem é Brenda? — Questionou Levi ao fundo.
— Legal! — Eva o ignorou. — Quer que eu guarde algo para Vic levar para você?
— Hm... — fiz careta para Oscar quando ele deu uma cabeçada na minha mão, pedindo carinho. — pão de alho. Bastante pão de alho. Não bastante, mas você entendeu.
— Sim, ok. Até mais, então?
— Claro.
Coloquei o celular na escrivaninha sob a janela ao encerrar a ligação, puxando Oscar para o meu colo – ele veio de bom agrado, esfregando a cabeça no meu queixo – e escolhi não pensar no tempo que levaria para tirar os pelos que ficariam em minha camisa.
— Preocupado que a mamãe morra de câncer e não te alimente mais, hm?
Ele miou em concordância enquanto eu caminhava para fora do quarto bem a tempo de ver Victória toda arrumada sair do seu pisando duro pelo corredor, com cara de poucos amigos.
— Eita, o que rolou?
— Bruna não vai mais. — Eu a segui até a cozinha, onde seu celular carregava no balcão. Victória o desconectou com tanta força que fiquei com medo de lembrar que o cabo era meu.
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VINGANÇA
RomanceAo ser traída pelo namorado e melhor amiga ao mesmo tempo, Natália escolhe se vingar. Mas ela não quer apenas devolver na mesma moeda, ela quer fazer pior: Natália vai para a cama com o pior inimigo do ex-namorado e a maior paixão da melhor amiga. S...