Capítulo 81

116 9 16
                                    

Gabriel

Acordei, com o despertador tocando,peguei meu celular, mandei um bom dia para a Fernanda e fui tomar banho, me arrumei, cheguei na cozinha e Caleb tomava café. 

-Bom dia, achei que tinha dormido na Sofia-falei. 

-Bom dia, dormi mas vim para casa pegar umas coisas-falei. 

- Entendi-falei. 

-Nervoso?-Pergunto. 

-Um pouco e voce?- falei. 

- Demais- falou. 

Hoje era o dia de apresentarmos o TCC, depois de longos 5 anos iriamos se formar. 

-Vamos tirar de letra-falei. 

-Espero -falou. 

-Tava pensando se a gente vai morar junto depois de se formar- falei e ele ficou pensativo. 

-Algumas coisas podem mudar-ele falou. 

- Você vai morar com a Sofia e não me avisou?-falei. 

- Talvez-falou.

- Achei que ela ia continuar morando com a Mari, você ta me escondendo alguma coisa?-falei. 

- Não, eu vou me arrumar-falou nervoso e saiu. 

Terminei meu café  e sai, decidi passar na Gabi. 

-Bom dia-ela falou esfregando o rosto  quando abriu a porta. 

-Bom dia, achei que já  estava pronta-falei. 

-Pronta para que?-Ela falou. 

-Para ir para escola menina-falei.

-Ah eu não vou-Ela falou enquanto começou a passar um café.

- Como não vai? Não são as semanas finais?-Falei. 

-São, mas eu estou cansada e não vou- Ela falou e notei  que tinha algumas latas de cerveja em cima da mesa.

-Gabrieli, você sabe que eu odeio fazer isso, mas vai pôr uma roupa e vai para a escola-falei e ela me mostrou a língua e foi se trocar. 

Eu não sei o que estava acontecendo com ela, nesses últimos dias além dos problemas  com a minha mãe, ela havia mudado demais, arrumei um pouco da casa enquanto ela se trocava porque eu odiava bagunça. 

-Uau, pode vir aqui toda manhã se quiser-falou. 

-Vamos, que eu vou me atrasar-falei. 

Fomos o caminho todo em silêncio. 

-Você vai arrasar hoje maninho-ela falou e me deu um beijo no rosto quando estacionei na frente da escola. 

-Obrigado, você tem falado com a mamãe?-perguntei. 

-Não, ela me magoou bastante-ela falou. 

-Gabi a gente já não tem o papai você vai querer ficar sem a mamãe também?-perguntei. 

-Eu sinto tanta falta dele-ela falou. 

-Eu também -falei. 

-Porque ele fez aquilo, parecia até que não tinha família- ela falou. 

-Era o trabalho dele -falei. 

-Morrer pelos outros é trabalho?-Ela falou e abracei ela. 

Meu pai era bombeiro e morreu em um incêndio, quando eu tinha 10 anos. 

Destinos traçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora