DEZESSETE

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Olá! Quem é vivo sempre aparece, então aqui está a autora. Aproveitem esse capítulo mas não se esqueçam de votar e comentar :).

— Parque de diversões? — De todos os lugares que eu pensei que iríamos, esse era o único que não estava na lista.

— Já tinha vindo aqui? — Nego com a cabeça. — Então eu, Noah Auguste, serei o seu guia. — Ele entrelaça nossos dedos e me conduz para dentro.

— Nunca te imaginei em um parque de diversões. — Digo sinceramente, vendo Noah tão elegante e sofisticado em um lugar assim.

— É sempre bom vir durante a semana, quando não tem muita gente.

— E você vem sempre? — Paro e olho para ele.

— Eu acabei de me mudar do Brasil para cá. Mas isso não significa que nunca tenha vindo aqui. — Ele sorri.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Após ir em quase todos os brinquedos do lugar e no tiro ao alvo 3 vezes, nos sentamos em cadeiras disponíveis na frente de uma barraquinha ali.

— Onde falta irmos? — Noah diz, claramente enjoado, enquanto espeta um pedaço de salsicha empanada e me oferece.

— Você vai vomitar. Por favor, não faça isso em cima de mim. — E dito isso, passa um grupo de meninas com os melhores pensamentos sobre Noah.

— Deixa eu pensar. — Ele diz, ignorando o que eu falo. — Aqui tinham um que se chamava missão impossível. Era mais conhecida como lugar para beijar, era escuro.

— Ainda está aqui? — Pergunto, ficando com vergonha quando percebo que soei entusiasmada demais. — Não que eu queira ir. É só curiosidade.

— Não, já se encerrou. — Ele me olha com uma expressão divertida. — E tem muito tempo.

Normalmente, eu faria qualquer coisa para evitar um lugar assim. Tão lotado de energia, de suas brilhantes auras, seus incômodos pensamentos.

Mas com Noah é diferente, sem esforço, agradável; sempre que ele me toca, sempre que ele fala, é como se fossemos os únicos ali.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

— Estou perdoado? — Ele pergunta, enquanto me leva em direção aos nossos carros. — Haverá mais dias como esse. —Ele se apoia em minha janela quando estou acomodada no carro.

— Tenho que segui-lo? — Insiro a chave na ignição.

— Eu vou seguir você. — Ele sorri. — Quero ter certeza que chegará segura.

Então eu saio do estacionamento, e vou para a estrada que me levará de volta para casa. E quando olho no retrovisor, não posso deixar de sorrir quando vejo o carro de Noah atrás de mim.

Eu tenho um namorado. Ou pelo menos acho que tenho. Um namorado lindo, inteligente e que me faz sentir normal.

De repente, meu telefone toca e eu olho no retrovisor para ver Noah segurando o seu.

— Oi, baby. — Lhe digo.

Guarde isso para outra pessoa. — Maya diz.

— Oh, como vai você? — Eu pergunto, sinalizando que vou mudar de pista para que Noah me siga. Mas ele não está mais ali. Olho para o retrovisor e para os espelhos laterais, mas ele não está.

Está me ouvindo? — Maya pergunta irritada.

— Foi mal, o quê? — Diminui a velocidade e continuo procurando por Noah.

Eu disse que Eva está desaparecida!

— Epera, o que quer dizer com desaparecida? — Hesito ao máximo antes de mudar de pista, sem encontrar Noah e tendo certeza que ele não me ultrapassou.

Já liguei para ela várias vezes e ela não me atende.

— E?  — Lhe digo, ansiosa para terminar essa conversa, para poder voltar ao meu próprio caso de pessoa desaparecida.

E, ela só não responde, como também não está em seu apartamento e ninguém a vê desde o Halloween.

— Ela não saiu com vocês? — Me assusto quando um caminhão passa por mim buzinando para que eu acelere, enquanto ainda procuro Noah pelos espelhos laterais. E então eu desisto.

Não exatamente. — Maya diz com a voz cheia de remorso. — Alô?! Se você estiver ocupada, é só dizer!

— Desculpa, ok? Estou dirigindo e um pouco distraída. — Suspiro.

De qualquer maneira, eu não tinha te dito isso, mas Lillian e eu saímos sem ela.

— O quê? — Acelero, determinada a chegar em casa o mais rápido possível.

Você sabe, na Nocturne. Ela simplesmente desapareceu. Achamos que ela tinha saído com alguém, então fomos embora.

— E a deixaram sozinha na noite de Halloween, quando todo mundo está doido e solto pela cidade? — E no momento em que digo isso, eu posso vê-las. As três em um lugar escuro, Lillian levando Maya para a área VIP, afastando Eva de propósito.

Ela tem dezoito anos. Pode fazer o que quiser. E Lillian disse que ficaria de olho nela, mas a perdeu. Ela está se sentindo horrível.

— Lillian está se sentindo horrível? — Muito difícil de acreditar. — Certeza disso?

— O que quer dizer? Emily, você nem conhece ela. Olha, tanto faz. — Maya suspira do outro lado. — Eu não sei o que fazer.

Tentou falar com os pais dela? — Piso no acelerador ao ver a pista livre de policiais.

— Eu não conheço os pais dela. Deixamos registro na polícia mas eles não parecem interessados. — É, adolescentes só fogem todo dia. Para eles, é questão de horas para que Eva apareça. — Por que você não apareceu no almoço?

— Estou no caminho para casa agora. Noah me levou para um parque de diversões, passamos o dia. — Sorrio ao lembrar.

— Que bizarro. — Maya diz.

— Não é? Ele parece tão chique para se divertir no parque.  Embora eu tenha visto com meus próprios olhos.

Não, me refiro a Lillian. Ela também me disse que ia para um parque de diversões. Vocês a viram?

—- Não. — Eu digo, tentando soar tranquila enquanto minha mente cria mil possibilidades. — Eu preciso desligar agora, nos falamos depois.

E antes que ela pudesse responder, eu desligo e paro meu carro na beira da estrada, procurando o número de Noah no meu histórico de chamadas.

Mas está marcado como telefone privado. Ótimo, não tenho o número dele, e nem ao menos sei onde mora.

Vote nesse capítulo caso queira me ajudar com a história e incentivar com ela.

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