Como passamos o dia todo na piscina, apenas ficamos sentados conversando na beira dela. Depois, Noah limpou a cozinha e subimos para dormir.
E mesmo quando eu penso que vou estar muito desconfortável com a sua presença para descansar, é o sentimento aquecido de segurança de tê-lo junto a mim, que me ajuda a dormir.
Mas quando eu acordo às 03:21 da madrugada, apenas para descobrir que ele já não está mais ali, jogo o cobertor para o lado e vou para a janela, ficando surpresa por ver o carro dele ainda ali.
— Está me procurando? — Eu giro, o vendo parado na porta. — Fui ao banheiro.
Quando nos deitamos novamente, apoio minha mão no lugar que ele estava deitado, sentindo o lençol frio como se Noah não estivesse deitado ali por muito mais tempo.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
— Há quanto tempo você levantou? — Pergunto na manhã seguinte, quando desço e encontro Noah de costas fazendo alguma coisa no fogão.
— Sou de levantar cedo. — Ele da de ombros, adicionando mais panquecas a um prato já cheio.
— Você quer? Ou ainda está em jejum? — Me sirvo do iogurte na mesa.
— Jejum? — Ele levanta uma sobrancelha.
— Você come menos do que qualquer um que conheço. Você só toma esse seu... remédio e empurra a comida. Me sinto uma esfomeada ao seu lado.
— Assim está melhor? — Sorri, pegando uma panqueca e mordendo até a metade.
— Melhor assim. O que devemos fazer hoje? — Olho pela janela, é oficialmente inverno.
— Eu preciso ir agora. — Ele diz, olhando do relógio para mim. — Tenho que ir para casa arrumar algumas coisas, principalmente se você quiser me ver na escola amanhã. — Ele pega as chaves.
— Nós ainda vamos lá? — Eu rio, lembrando das minhas faltas na escola e em como isso vai dar ruim.
— É você que acha importante. — Ele da de ombros pegando as chaves.
— Bom, talvez eu possa ir com você e te ajudar nas tarefas. — Ofereço, já que Alison só chega depois das 19:00.
— Esqueça, eu vou lavar roupas e tudo o mais. — Noah diz, parecendo querer sair logo da casa.
— Mas eu quero ver onde você vive. Nunca estive na casa de alguém emancipado e tenho certa curiosidade. — E embora trate de soar despreocupada, minha voz soa desesperada para o acompanhar.
— Lá está uma bagunça. Um desastre horrível. Não quero que veja assim e tenha uma ideia errada sobre mim. Além do mais, nunca ia conseguir arrumar se você estiver lá; só vai me distrair. — Sorri, mas suas palavras estão impacientes. — Ligarei para você mais tarde. — Disse, indo para a porta.
— E o que acontece se eu decidir te seguir? O que você faria? — Estou parecendo muito grudenta? Mas não é mais pela companhia dele, e sim por querer saber onde ele mora.
— Não me siga, Emily. — E a maneira como ele disse isso, me fez perguntar se ele quis dizer para não seguir nunca, ou não seguir agora. Mas, significa o mesmo.
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All for us
Mystery / ThrillerEmily, de 18 anos, sobreviveu a um acidente de carro que matou toda a sua família. Agora ela vive com sua tia na Carolina do Sul, sendo atormentada não só pela culpa de ter sido a única sobrevivente, mas também pela sua nova habilidade: ouvir os pen...