Cap 8

41.5K 3.8K 1.3K
                                    

+100 comentários.
Letícia;

Maicon: Isso foi só para o seu bem amor, não chora tá? - me deu um selinho. - Tô indo, tchau.

Pegou a chave do carro dele e saiu do quarto como se nada tivesse acontecido.

Que ódio caralho!

Meu braço ainda tá doendo um pouco,  mas a minha raiva tá nas minhas saias, nos meus shorts e os meus cropped.. Todos rasgados!

Fora que ele literalmente arrancou a saia que eu tava vestindo. Meu Deus do céu.

Fui no banheiro, engoli o choro e lavei o meu rosto. Preciso me manter calma.

Eu fiquei tão para baixo, que a única coisa que consegui fazer foi preencher minha sobrancelha.

Acabei colocando uma calça jeans clara e usando o body que eu já estava vestidinho. Com uma rasteirinha.

Letícia: Vem com a mamãe vem amor. - me abaixei pegando a Helo. - Não chora amor.

Ela escuta ele gritar e chora, é sempre assim. E ele não liga, não se importa de jeito nenhum.

Com ela no colo, tive que pegar a minha bolsa e a bolsa com as coisinhas dela. Descer a bendita escada e procurar a chave.

E a chave "sumiu". Eu não tô acreditando que o Maicon fez isso, ele levou a chave com ele.

Já tinha feito isso uma vez, usou um monte de desculpas e eu sempre soube, que foi de propósito.

Nem o meu celular eu achei..

Eu fiquei quase uma hora, pensando e pesando no que fazer. Eu tenho uma reunião com o 157 hoje e já devia estar lá.

E eu nem sei como, mas o Terror apareceu aqui. Eu olhei pela janela e o carro dele tava lá.

Foi um alívio enorme!

Terror: Quer ajuda doutora? - ele disse saindo do carro. - Me dá a menina aqui.

Letícia: Obrigada. - ele pegou a Helo e aí eu voltei pegar o bebê conforto dela.

Tranquei a casa e fui para o carro dele.

Terror: Ela é mó pequena, bonitinha pra caralho. - sorri agradecendo. - Pra que tanta coisa madame?

Letícia: Eu vou ficar essa semana na Mari. - ele me olhou todo sem graça. - Ou não né.

Ri baixo e coloquei o cinto, enquanto ele deu partida. O Terror é legal, sabe conversar e animar qualquer um.

A gente foi conversando o caminho inteiro. Um papo bem aleatório.

Terror: Doutora, chegamos ao seu destino. - parou o carro em frente à um barraco da comunidade. - Posso ficar com tua filha? Cuido direitinho.

Letícia: Pode, tá me salvando em. - abri a porta do carro segurando a minha bolsa. - Tem três mamadeiras prontas, caso ela começe a chorar.

Ele fez um joinha e eu fechei a porta.

Terror: Sim senhora. Fé. - sorri pra ele e me virei passando pelo portão da casa.

Caminhei pela grama bem cortada até, bati na porta e um cara todo armado abriu a porta.

Xxx: Vai reto e vira a esquerda. - concordei e entrei na casa.

Vendo de fora, não tem nem como imaginar que é esse luxo todo aqui dentro.

Acabei entrando na sala da casa. 157 tá todo jogado no sofá, a mesinha em frente do sofá, está quase branca de tanta cocaína.

157: Larissa, grande Larissa. - levantou vindo na minha direção. - Senta aqui meu amor.

Letícia: An? É Letícia cara. - revirei os olhos e acompanhei ele até o sofá. - O que é tão importante, que o senhor não poderia esperar Rogério?

157: Que mané Rogério, nem é meu nome doidona. - encheu um copo de whisky e me deu.

Letícia: Na sua ficha consta como Rogério. - encarei ele sem entender.

157: Rogério é meu nome de traficante, meu nome real é outro. - disse enchendo outro copo para ele.

Letícia: Entendi. Mas então? Qual o motivo dessa reunião? - tomei um pouco do Whisky que estava no meu copo.

157: Tédio pô, te chamei pra ficar aqui falando da minha situação. Desse jeito eu me destraio e arrumou um plano foda. - largou o copo em cima da mesa.

Ele literalmente deitou e me fez dizer tudo, coisas de cinco anos atrás e até mais que isso.

...

ARTIGO 157Onde histórias criam vida. Descubra agora