ARTIGO 157

Cap 65

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Letícia;

Eu estou prestes a ter um ataque de nervoso, estou junto com o LH, duas esquinas antes do presídio. E espero que o Nascimento cumpra com o combinado.

Escutamos quatro explosões, o cheiro de fumaça é horrível e está bem forte. Consigo ouvir os tiros perfeitamente, seja o que Deus quiser.

LH: Doutora? Sei que tu tá nervosa mas me conta um bagulho, qual é a do Terror? - Cruzei os braços indignada.

Ele não sabe?

Letícia: Eles tiveram um lance LH, pô, não deu certo. Mas a Mari deu muita esperança pra ele e agora ele se sente traído por vocês dois. - Balançei meus ombros. - Tenta conversar com ele, talvez vocês se entendam. E não vale a pena brigar com um menino de 16 anos.

LH: Pô eu amo a Mari tá ligada? Ela é firmeza demais pô, ela é foda, a mulher que eu amo mesmo e agora mãe dos meus filhos.. Não vou abrir mão dela, o de menor tem que entender que tem coisa que não dá certo e pronto. - Concordei olhando em volta.

Letícia: Já disse que é você que tem que conversar com ele, explicar tudo. Ele vai entender e disso eu tenho certeza, qualquer coisa arruma uma tia sua pra ele. - Gargalhei. - Você acha que isso vai demorar?

Ele olhou em volta e negou, mas continuei nervosa sim.

LH: Já devem tá vindo pô, relaxa e fica mec. - Encarei a rua outra vez e nada deles.

Essa demora está me matando, eu jurava que ia ser muito mais rápido que isso. Mas isso aqui demora tanto, que eu não sei nem se vai dar certo, a polícia não dá tanto tempo assim de vantagem. Logo eles estão por aqui e espero que dê tudo certo, se não esse lugar vai ter uma chacina.

Letícia: Alguém trouxe leite fermentado? Você trouxe? - Encarei o LH que negou. - Vacilão em.

LH: Doutora tu é uma viciada em porra, tem água pô. Quer? - Cruzei os braços e ele riu. - Ih olha a cara do mano 157, aposto 100 reais que ele pensou merda.

Me virei igual uma louca procurando o 157, meu coração batendo tão rápido que a qualquer momento ele pode explodir. Mas ele tá machucado..

Se eu pegar o filho da puta que fez isso, não respondo por mim.

157: Coé doutora, como é que tá minha situação? - Reconheci o deboche básico dele na hora.

Letícia: Doutora não, agora eu sou patroa. - Respirei bem fundo me acalmando e me aproximei dele. - Eu tenho tanta..

157: Herdeiro ou herdeira? - Segurou minha mão analisando a minha barriga. - Tá mais loira, pô.

Letícia: Nenhum, ela vai ter o direito de escolher se vai ser herdeira ou não. - Apertei a mão dele sentindo um nervoso enorme.

Não sei dizer se a expressão dele é de quem está fodido, confuso, futuramente louco, ou sei lá!

157: Mulher dá muito trabalho doutora, porra em. Vem cá.. - Me puxou devagar para perto dele.

Essa é a primeira vez que ele me abraça por pura vontade própria. Esse homem é extremamente estranho e nada fácil de lidar.

157: Presta atenção e nunca esqueça pô, última vez que te falo isso. - Disse baixo no meu ouvindo. - Eu tu amo tu em porra, pra caralho.

Eu tô passando mal! Mal consigo digerir o que ele me diz, porra, agora ele diz que me ama do nada. Meu Deus.

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