Cap 47

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100k então né. Eu tô apaixonada por vocês meodeus, olha que não tá nem na metade do livro. Se eu arrumar um tempinho, prometo lançar maratona pra vocês! Obrigada suas gostosaaaaas. ❤

+100 comentários.
Letícia;

Eu não faço a mínima idéia, do que aconteceu ou deixou de acontecer naquela casa depois que me tiraram de lá. Até porque vim direto para o posto da comunidade, fui atendida até então estou bem.

Minha preocupação era com o bebê que estou carregando, fiz um ultrassom básico e foi confirmada a minha gravidez de praticante quatro meses. Deve ter acontecido naquela transa em alto mar.

Em geral, eu estou bem e só um pouco dolorida. Mas a minha mão está horrível, cheia de bolhas, totalmente vermelha e machucadas. Tive queimaduras de segundo grau na parte de cima da mão e, terceiro grau na palma da mão e dedos.

Em compensação, um mês de total e absoluto repouso.

LH: Não é querendo me intrometer, mas o patrão tá sabendo da sua gravidez? - Sentou do meu lado lado na cama.

Por ordem do próprio 157, o posto me liberou e eu estou na casa dele. Sabe e lá o porquê dele ter obrigado eles a me liberarem.

Letícia: Não, ele não sabe. E eu vou conversar com ele sobre isso mais tarde, eu só preciso pensar um pouquinho.. - Sorri cansada. - E obrigada pela força viu? Eu precisava muito de um médico.

LH: De nada pô, o doutora como que faz pra adotar criança? - Cruzei os braços curiosa e ele riu. - Ah pô, tem muita criança precisando de família. Esses dias tava num corre, fui roubar mesmo e passei na frente de um bagulho de criança. Vi dois irmãozinhos lá.. Que isso pô, bora falar de outra coisa que sujeito homem não chora.

O meu dia melhorou milhões de vezes de uma só vez, o jeito que ele falou e logo se emocionou me tocou lá no fundo.

Letícia: Olha não é fácil, mas posso tentar ajudar. O problema é que você, ah você sabe. - Ele fez uma cara que doeu em mim. - Você pode arrumar alguém, uma namorada, amiga ou até alguém da família que consiga provar que pode cuidar das crianças. Mas que você confie e tenha certeza de que vá deixar mesmo as crianças com você.

LH: Vou pagar alguém então e se a maluca não quiser me dar as crianças, o bagulho fica sinistro. Só um tiro meio da testa resolve. - Fez o gesto de estar atirando alguém. - Tudo mec e resolvido.

Letícia: Vocês todos são assim naturalmente ou o 157, colocou na mente de vocês que tudo se resolve matando com alguém? - Ri baixo. - É um pouco engraçado até.

LH: É geral louco mesmo, 157 só plantou a sementinha do mal. - Me olhou de um jeito estranho. - Tu é meio doida também pô, se juntar com ele é coisa de louco. Boa sorte doutora.

Abaixei a cabeça rindo e pensando em como isso realmente é verdade. Agora estou me sentindo uma verdadeira maluca.

157: Tu tá fazendo o que na minha cama mermão? Mete o pé daqui porra, vai caralho. - Levantei a cabeça rápido e ele estava parado na porta.

LH: Vim só trazer ela pô, tô indo patrão. Tô indo. - Sorriu sem graça e levantou saindo de cabeça baixa.

Eu não sei o porquê do 157 fazer essas coisas, pelo amor de Deus. Ele é totalmente ridículo com esses homens.

157: Tu tá bem Letícia? - Fechou a porta e tirou o boné da cabeça nitidamente nervoso. - Tô falando contigo porra.

Letícia: Se você tivesse falado comigo, eu te responderia. Mas enquanto estiver gritando, não vai ser comigo.

Virei meu rosto já puta da vida, eu não gosto que gritem comigo e nem que falem nesse tom comigo. E não vai ser esse alecrim dourado que vai fazer isso.

157: Foi mal caralho.. Tu tá bem ou não tá? - Apenas confirmei que sim e uma expressão de alívio surgiu no rosto dele. - Que bom pô, né..

Letícia: É. Agora por favor, não fica gritando comigo cara. Eu não gosto e nem você, iria gostar que eu fosse gritar contigo. - Respirei bem fundo me mantendo calma.

157: Tu precisa arrumar tuas coisas, a gente vai ir pro interior pô. Agora. - Olhei para ele tentando entender e levantei devagar. - Tu me disse uma vez, que a gente tem que respeitar um ao outro pô. Me disse que não era pra mim matar ele, eu não matei.. Só porque tu pediu.

Letícia: Não? - Fui pega de surpresa, total surpresa. - Sinceramente podia ter matado, já que ele tentou me matar né.. Porque vamos viajar? Ele fez alguma coisa?!

Ele andou até em mim e concordou. Ergueu meus braços e puxou minha camisa pela barra.

157: Tem que trocar de roupa, você tá toda suja pô. - Encarou minha não enfaixada. - Espanquei ele doutora, a gente tem no máximo uma hora antes dele me denúnciar e te jogar na merda. Mandante da tentativa de assassinato, associação ao tráfico..

De novo..

Letícia: Tá.. Então eu vou me trocar e a gente vai. Pede pra alguém buscar a Helo e se puder me ajudar.. - Pedi com calma.

Quando eu me formei, sendo mais sincera, quando eu iniciei minha faculdade de Direito. Disse para mim mesma que a minha vida seria dedicada a faculdade que eu sempre quis e ao esforço dos meus pais para isso acontecer.

E agora, foi tudo por água a baixo.

Provavelmente vou ser acusada de vários e vários crimes, pois eu tenho certeza que o Maicon vai me ferrar de uma vez por todas. E eu já entendi que o 157 e eu vamos fugir, esse papo de viagem não entra na minha cabeça.

...

ARTIGO 157Onde histórias criam vida. Descubra agora