ARTIGO 157

Cap 68

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Ah pô, vou esperar ela terminar de dae tilt e aí troco um papo maneirinho com ela.

Escondi essa porra é mais um monte de coisas dela sim, pô, como é que eu ia chegar nela e falar tudo? Pô doutora, tu é corna pra caralho, teu marido é casado com outra na igreja e te induziu a adotar a filha dele. Não fode.

Pior é que me enrolei nas minhas mentiras, meti meu pai, meu tio e a porra toda. Misturei as histórias e uma pá de coisas, agora já foi mermo, só tenho que concertar tudo com jeitinho.

Terror: Calma amigão, deixa a doutora respirar um pouco. Tá ligado? - Neguei. - Tu complica em caralho, tô falando pra deixar ela quieta, se acalmar.

157: Então manda o papo claro, tá achando que eu sou adivinha? - Bufei pegando outra cerveja. - Ó já te aviso que se a Pietra tentar subir essa porra, é pra deixar.

De menor me olhou com o olho grandão, tá em choque.

Terror: Ih pra que? - Dei de ombros. - Ó tu vai arrumar um caô do caralho com a doutora, num esquece que que isso aqui tá na responsa dela.

157: Tava pô, tô de volta de menor. Isso aqui é tudo meu, tem nada dela não, ainda não. - Olhei em volta. - Tu vai descer na Sul, comprar uma parada pra mim.

Coé vou comprar um anel de noivado, aliança de namoro e de casamento. Só de raiva mermo.

Terror: Sobra tudo pra mim, pau no teu eu em, vou só amanhã. - Resmunguei só concordando.

157: Ih, qual foi das crianças com o mano LH? - Cruzei os braços curioso. - Hum?

Deve ser as crianças que o mano queria adotar, atitude brabona, até aparecer outra mãe morta viva.

Essas porra só acontecem comigo, tô pagando por cada um dos meus pecados. Tá foda mermão.

Terror: Adotou com a Mari, tu acredita? Mó vagabunda, só de raiva tu devia mandar deixar ela careca. - Me olhou fazendo uma cara estranhona pô.

157: Cada um com teus b.o, deixa o mano ser feliz pô. Tem quem te queira alí ó.

Meia hora que tem uma mina encarando ele, deve ter a mesma idade pô. O de menor tá precisando andar com os cria da idade dele, só anda com os marmanjo.

Terror: Bonitona, mas num sei não. Cara de bebê pô. - Foi pegar uma cerveja e eu já dei um tapão na cabeça dele. - Coé?

157: Tu tem idade pra beber porra? Num tem, caralho. - Afastei a cerveja dele. - Vai brincar de menor, infância e adolescência é uma só. Aproveita enquanto tu pode.

Terror: Num tive infância mermo, perder a adolescência não vai mudar nada. - Balançou os ombros.

157: Vai mudar pô, confia. Chega na mina alí de menor, dá um papo maneirinho e paga um açaí pra ela. - Tirei cem conto da carteira. - Açaí completo em porra, tudo que ela quiser. E deixa o fuzil aqui.

Tô ligado que o menor tem medo de fazer as coisas, porque trabalha pra mim. Por isso vou obrigar ele, novo pra caralho, tem coisa demais pra aproveitar ainda.

Terror tem futuro dentro e fora do crime. Boto fé.

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