Maratona 4/6.
Letícia;A noite começou bem, nós jantamos juntos e sem brigas. Sem provocação de ambas as partes, simplesmente na paz.
Então eu subi, tomei um banho básico só para dormir mesmo. E finalmente depois de dois meses vou me sentir a vontade para dormir, sem medo de esmagar ninguém. Comprei um berço a coisa mais linda pra Helo, pelo mercado livre mesmo.
Agora só falta uma penteadeira mesmo, aqui meus cremes e maquiagens tem que ficar em uma gaveta e em cima de um bide que não uso. E eu tenho toque, essa desorganização me irrita.
Peguei um dos meus cremes no caso o da Natura, da linha todo dia eu tenho todos porque são muito cheirosos.
Pelo espelho que tinha alí na parede vi o 157 entrando no quarto e encostando a porta. Só de bermuda e chinelo..
157: Nós dorme aqui né pô? Ou tu prefere o meu quarto? - Me abraçou por trás cheirando meu pescoço. - Cheirosinha pô.
Letícia: Outro dia você me apresenta seu quarto. Que bom humor é esse em? - Guardei meu creme caminhando devagar pra cama. - Eu durmo em qualquer lado, mas prefiro o canto.
157: Sei lá pô, culpa tua. Eu durmo até no chão se precisar pô, pode ficar mec, deita aí. - Concordei rindo e deitei quietinha observando ele. - Qual foi?
Dei de ombros negando e ri.
Letícia: Só estou te observando ué, mais cedo quando perguntou sobre minha gravidez eu não disse nada, só pra não quebrar o clima. - Suspirei. - Acho que pra isso dar certo entre nós, sinceridade seria essencial.
157: Tu não precisa falar pô, é um bagulho teu. Mas se quiser eu tô a ouvidos só mandar o papo. - Deitou na cama e ficou olhando pro teto.
Letícia: Eu perdi o bebê no sétimo mês de gestação, praticamente pronta pra ter um parto normal.. Ia ser uma menina, o nome dela era Paula Eloá. - Ri puxando a coberta. - É uma combinação estranha mesmo. Mas aconteceu que o porteiro do condômino fechado me ajudou, me levou até em casa e me ajudou a descarregar as compras. Levou até a cozinha de casa.
Ele virou um pouco à cabeça e me olho curioso.
Letícia: E algum vizinho deve ter comentado com o Maicon, ele não gostou e acabou surtando.. Digamos que foi uma sessão de tortura, durou uma hora e pouco, quase duas eu acho. Fui literalmente espancada, no hospital fizeram uma Cesária de emergência e mesmo assim não foi possível salvar ela. - Fechei meus olhos e me acalmei mentalmente. - Ele me ameaçou e me fez dizer que foi uma tentativa de roubo.
157: Ainda bem que eu não conheci tu nessa época, se não eu tinha matado ele pô.. - Passou a mão no meu braço fazendo um carinho. - Ele é um vacilão do caralho.
Letícia: Eu sei. - Acabei rindo e indo para mais perto dele. - Mas no hospital mesmo, deu entrada uma bebê de um mês de vida, abandonada na praia. Foi nessa que eu adotei a Helo, a melhor coisa que eu já fiz.
157: Tu não tem medo dos pais dela aparecerem pô? - Dei de ombros pensando nisso. - Te ajudo a matar eles pô.
A gente eu acabei rindo, o jeito que ele acha que vai resolver tudo matando alguém é engraçado as vezes.
Letícia: Você sabe que não precisa matar ninguém, pra resolver uma simples questão né? Tem outro meios.
157: Doutora eu não mato ninguém não, é a bala do revolver ou do fuzil que mata. Eu só disparo. - Aí aí esse 157.
Sem condições pra uma coisa dessas.
...

VOCÊ ESTÁ LENDO
ARTIGO 157
Romance"Peça o que quiser. Mas esteja preparado para recebê-los." - Tu quer viver essa vida de merda comigo? Fugindo e se escondendo da polícia? Cheio de gente querendo me matar, que logo vão atrás de tu, porque tu vai virar um alvo pô. Isso não é pra tu d...