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Letícia;Que sensação maravilhosa!
Eu estou tão feliz que até a dor, eu não tô sentindo. Mesmo depois da anestesia da cesárea ter passado, tô simplesmente realizada.
Meu maior sonho agora é realidade. Uma filha, sangue do meu sangue, gerada dentro de mim e agora, nos meus braços.
É uma coisa de outro mundo.
O meu único medo é em relação a Helo, dela se sentir rejeitada ou algo do tipo. Querendo ou não, vou ter que dar uma atenção especial para a Eloá, mas não quero de jeito nenhum deixar ela de lado. Mesmo que ela seja adotada, o meu amor por elas é o mesmo, não vou dar demais pra uma e pouco pra outra.
O que uma tiver, a outra também vai ter.
Mas pensando seriamente nessa questão de dar atenção, eu prefiro ficar mais ao lado da Helo. Ela só tem eu, literalmente, já a Eloá tem o Marcos que já tá querendo dar o mundo pra ela.
Inclusive andei pensando nisso tudo, é tão raro eu ver o Marcos com a Helo, brincando ou qualquer outra coisa. Tenho um receio em relação à isso, mas acho que ele ainda não tá preparado pra tudo isso.
Ele nunca quis filho, agora tem uma recém nascida. Além de ter que me ajudar a criar minha filha adotiva, que é sobrinha dele e filha daqueles dois..
É muito pra cabeça dele.
Porém não posso ficar com um cara, que não aceite a minha filha. Aonde meus filhos não cabem, também não me cabe!
Mari: A enfermeira disse que já vem te dar o remédio. - Sorri agradecendo e ela sentou na poltrona me olhando. - Nós conseguimos.
A gente sempre planejou nosso futuro juntas, sempre. E tínhamos esse sonho de ter uma família é olha só, nós temos.
Letícia: Conseguimos. - Ri fraco. - A gente sempre da um jeito em tudo. Sabe eu tava pensando em tirar umas férias de tudo isso. Ir pra algum lugar diferente com o 157, a gente nunca viajou e nem nada.
Vou falar com ele, já tenho tudo preparado na minha mente. Quero ir lá para Gramado, no Rio Grande do Sul, é um lugar muito bonito e eu não conheço ainda.
Mari: Concordo, mas só depois de você cumprir o resguardado e tiver cem por cento recuperada. - Apontou. - Deus é mais se você acaba abrindo esses pontos, eu mato o 157.
Letícia: Credo Mariana, até me deu uma pontada aqui. - Suspirei rindo. - Mas acho que só daqui uns três meses, não estamos numa situação boa pra ir viajar. Polícia, Maicon, ex morta viva.. Muita coisa.
Mari: Você se mete em cada coisa cara, que eu fico chocada. Doideira. - Gargalhei fazendo bico. - Esses dias você era uma advogada, hoje você é procuradora pela polícia. Como que isso aconteceu em tão pouco tempo? Sério.
Deus escreve certo, por linhas tortas..
Letícia: Nem eu sei, só pisquei e isso tudo aconteceu. Tenho sérias dúvidas em dizer que minha vida mudou pra pior ou pra melhor. - Encarei a aliança no meu dedo. - Só Deus sabe.
Bateram na porta e a enfermeira que me ajuda entrou. Eu pedi um remédio ou algo pra dor, por que a dor no meu corpo tá horrível!
Ela trouxe um remédio que vai direto na veia. Ou seja, adeus dor.
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ARTIGO 157
Romance"Peça o que quiser. Mas esteja preparado para recebê-los." - Tu quer viver essa vida de merda comigo? Fugindo e se escondendo da polícia? Cheio de gente querendo me matar, que logo vão atrás de tu, porque tu vai virar um alvo pô. Isso não é pra tu d...