Cap 11

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Último de hoje, para compensar meu sumisso.

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Letícia;

Letícia: Vem com a mamãe amor, vem gata. - chamei a Helo que gargalhou engatinhando atrás do brinquedo.

Agora que eu realmente sei o que fazer. Vim de uma vez por todas, falar com o 157.

Vou fazer o que tiver que fazer o mais rápido possível e sair daquela casa, sumir da vida do Maicon.

E nunca mais olhar na cara daquele encosto.

157: Fala tu doutora. À que devo a honra? - virei observando ele entrar no barraco.

O cheiro forte de perfume ficou no ar, minha rinite até quis atacar.

Letícia: Eai, eu queria falar comigo sobre como eu faço para arrumar uma casa aqui. - continuei sentada no tapete da sala.

Ele me olhou com um sorriso de lado no rosto e cheio de deboche.

157: Olha o papo dá tua mãe menor, quer vir pra minha comunidade. Vê se pode pô.

Ele se abaixou brincando com ela.

Letícia: É papo sério 157, eu tô realmente precisando de uma casa aqui.

157: A menor sabe andar já? - neguei. - Já tá na hora pô, posso tentar?

Ele simplesmente ignorou o que eu disse e mudou de assunto. Confesso até que estou surpresa, ele quer tentar fazer ela andar.

Letícia: Pode. - dei de ombros e ele levantou.

Segurou ela pelas mãos e fez ficar de pé. Foi até fofo.

157: Vai lá na tua mãe, pega ela menor. - acabei rindo das falas dele, ela deu um leve riso.

Foi até lindo de ver. Ele conduzindo e ela dando alguns passos na minha direção. Em alguns momentos ela até desequilibrou mas, ele ajudou.

Letícia: Isso amor, que linda. - abraçei ela fazendo cócegas.

157: Ala já até me obedece, sabe quem manda. - encarei ele rindo. - Faz ela andar aí então malucona.

Letícia: Uma coisa não tem nada haver com a outra. Mas obrigada em. - levantei um pouco à cabeça sorrindo.

157: Se tu vir um pouco mais pra frente, dá pra agredecer com um boquete maneirinho.

Não sei aonde, eu enfio minha cara!

Letícia: Eu tô com a minha filha, não fala essas coisas perto dela. - levantei segurando ela no colo.

157: De qualquer jeito, um dia ela vai saber o que é. - deu um tapão na minha bunda.

Soltei um gritinho e coloquei a mão no lugar que tá ardendo. Doeu.

Letícia: Porra 157, não faz mais isso. - empurrei ele para o lado.

157: Mó dramática, deixa eu fazer ela dormir pô. - praticamente tirou ela dos meus braços.

Eu fiquei só observando. Ele tentando fazer ela dormir e ela colocando a mão na boca dele, depois no rosto dele e até uns tapinhas deu.

Mas o incrível aconteceu e ele conseguiu. Ela dormiu.

157: Aí porra, mais um pro currículo do pai. - gargalhei do jeito que ele falou.

Letícia: Você está realmente orgulhoso por ter feito uma criança dormir? - me ajeitei no sofá.

157: Fiz uma criança dormir pra comer a mãe dela. - se aproximou se sentou do meu lado.

Ficou um tempão me olhando, sustentei bem o olhar dele. Sem parar.

Letícia: Cansei, tô enjoada da sua cara. - virei o rosto e ele continuou me olhando. - Que foi?

157: Vai fugir do teu marido? - nossa, bem direto. - Pra tu querer uma casa aqui, é porque o bagulho tá sério.

Letícia: Não é nada demais, só muitas brigas. - tentei cortar o bendito assunto.

157: Se tu quiser ajuda, quando ela te devolver o celular me aciona. - só concordei.

Como ele não reclamou e nem nada, eu deitei no meio das pernas dele. Morrendo de cansada, já não dormi direito hoje.

Letícia: Se eu precisar, te aviso. - respirei fundo fechando meus olhos.

Totalmente disposta a dormir.

...

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