ARTIGO 157

Cap 12

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Letícia;

Eu acordei no sofá daquela casa mesmo, o 157 não estava mais aqui.

A Helo tava deitada no bebê conforto, brincando com um brinquedo aleatório que tá pendurado lá.

Deve ter sido o 157.

Inclusive, tá escuro já e eu não faço idéia de que horas são.

Pelo menos não tenho que me preocupar em que horas eu vou embora, vou ficar por aqui esse final de semana.

Eu tô esgotada e sem paciência, sem vontade e qualquer coisa para falar com o Maicon.

Terror: Eai doutora, cadê aquele viado? - não vi nem da onde esse menino saiu.

Letícia: Não faço idéia, que horas são? - cruzei os braços e ele sentou do meu lado.

Terror: Quatro da matina, o cara falou que tu tá sem celular. Quer comprar? IPhone brabo pô, dois mil e tu leva. - neguei.

Letícia: Prefiro comprar um novo, roubou de quem? - ele fez uma cara de ofendido.

Balançei a minha cabeça rindo.

Terror: De uma veia pô, hora que desbloqueei vi que era de uma professora pô. Maior vacilo.

Letícia: Coitada da mulher, mas o que tem de tão ruim? - ele me olhou com a pior cara possível.

Terror: Fui dar o golpe pô, mandei mensagem logo pra diretora, tô ligado que tem dinheiro né. A veia veio falando um monte, se eu subi atividade ou se desci. Se eu tinha logado, deslogado e que tava me esperando no clasroom. Mermão fiquei cabreiro, mensagem pra caralho. Nego perguntando de link, os pais enchendo o saco pra caralho, achando que eu sou super Nany mermão.

Eu ri, ri e ri muito!

Terror: Aí os alunos perguntando de link né, um monte de nome feio doutora, coisa que eu nem sabia quê existia. Era Idimilson mermo, Kendra, Kethyllyn com uma pá de ípsilon, doutora tu não tá ligada. Tinha um malucão lá feião, feio pra caralho e aí o nome do cara pô nem pra ajudar, é logo Globerson.

Letícia: Globerson? - eu gritei, literalmente e ri mais ainda. - Gente do céu.

Terror: Tô te falando doutora, mó papo estranho daquele povo. Lancei logo um áudio brabo no grupo dos aluno, tá maluco.

Letícia: E você ia fazer o que? Clonar e pedir dinheiro? - ele assentiu. - Esse mundo tá perdido mesmo.

Terror: Isso mermo, ninguém tinha um puto pra ajudar. Geral devendo Mary kay, essa muié deve tá podre de rica mermã. Me humilhei pô, me humilhei mermo, pedi mil e quinhentos que é o normal né, ninguém tinha. Pedi até vinte porra, ninguém tinha vinte.

Quando eu acho que já vi de tudo nesse mundo, vêm o terror e me conta uma dessas.

Tô chorando de tanto que eu tô rindo!

Letícia: Ai é cada coisa, que só dá para acreditar vendo e nem vendo, eu consigo acreditar. - neguei com a cabeça passando a mão no rosto.

Terror: Pô doutora, eu ia dar um golpe e arrecadar mil e quinhentos né. Tô logo dando dois mil pra pegarem o celular. - balançou o celular na mão.

Letícia: Aí menino, você acabou de deixar meu dia dez mil vezes melhor! - ele deu um sorrisão.

Deixei ele lá na sala e fui ver se tinha café para fazer. Eu não comi praticamente nada ontem à noite.

Acordei com uma fome de dragão mesmo, louca para comer a primeira coisa que aparecer na minha frente.

...

Gente eu não me aguentei e tive que usar aquele áudio nesse capítulo. Para quem quiser ouvir o áudio do roubo do celular, vou deixar o link no meu quadro de mensagens.